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Região

24ª Cavalgada do Minuano cultua a tradição gaúcha

04/08/2024 - 21h14min

Atualizada em 04/08/2024 - 21h28min

A tradição da Cavalgada do Minuano continua a ser cultuada ao longo dos anos. Neste fim de semana, a 24ª edição do evento teve início na sexta-feira, 2 de agosto, no CTG Capivarense em Lindolfo Collor. No segundo dia, durante a manhã, os cavaleiros partiram em direção ao CTG Serigote em Estância Velha para o almoço. O trajeto de aproximadamente 50 km terminou neste domingo na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, em Novo Hamburgo.

TRADICIONALISMO

Para os participantes e organizadores, o evento visa preservar o tradicionalismo gaúcho para as futuras gerações. Marivaldo Antônio Cenci, membro do CTG Terra Nativa e envolvido com a organização do evento há 10 anos, relata o objetivo do seu trabalho voluntário. “Trabalhamos nas entidades tradicionalistas não só na parte campeira, mas em toda a parte cultural, artística e esportiva que envolve os CTGs. Nos dedicamos voluntariamente para manter o tradicionalismo”, explica Marivaldo.

Segundo ele, a cavalgada tem o propósito de relembrar a tradição dos antigos cavaleiros. “Queremos rememorar nossos antepassados que montaram história aqui no Rio Grande do Sul no lombo do cavalo. As campereadas, as remontadas de gado, todo o trabalho de campo era feito a cavalo. Além do trabalho de deslocamento, ir ao comércio, tudo era no lombo do cavalo. Hoje, estamos relembrando um pouco dessa história. Além de ser uma diversão para os cavaleiros, o grande propósito é manter a tradição”, destacou Marivaldo.

ESTILO DE VIDA

João Bosco, de 56 anos, residente em Novo Hamburgo, participa do evento há 14 anos e enfatiza a importância da cavalgada em sua vida. “É um momento de confraternização, um momento de família, onde cultuamos a tradição da melhor forma possível. Trazemos as crianças, o pessoal. É um momento maravilhoso para integração, cultuar as tradições e homenagear o nosso cavalo, que é exemplo de tantas coisas”, afirma.

Bosco compartilha uma história pessoal sobre como os cavalos transformaram sua vida. “O cavalo entrou na minha vida em um momento muito importante. Tenho uma filha especial que precisava fazer eco terapia quando era pequena, e o cavalo fez a diferença na vida dela. Toda a recuperação que ela teve nos levou para o mundo das cavalgadas. Hoje, ela tem seu próprio cavalo, eu tenho o meu, e minha outra filha também tem o dela. Participamos do CTG Essência da Tradição de Novo Hamburgo e, sempre que podemos, estamos juntos”, relata.

Silvio, de 49 anos, capataz no CTG Essência da Tradição, participa das cavalgadas desde 2015. “Fazemos as cavalgadas por gostar e pelo puro tradicionalismo. É uma cultura boa que estamos semeando para os futuros cavaleiros. Para mim, representa algo natural, que sempre farei, que é andar a cavalo”, comenta.

ENCERRAMENTO

O trajeto com o início em Lindolfo Collor, no CTG Capivarense. Seguiu no sábado, dia 3, a jornada até o CTG Serigote, em Estância Velha, e prosseguiu para o Embororé em Campo Bom, com pausa durante a tarde no CTG Estância da Liberdade, em Novo Hamburgo. No domingo, dia 4, a trajetória foi concluída com premiação na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, em Novo Hamburgo.

 

Por Érick Maia

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