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Câmara de Ivoti quer ouvir empresa responsável pela instalação do pórtico da Colônia Japonesa

08/08/2024 - 19h57min

Atualizada em 08/08/2024 - 20h11min

Pórtico da Colônia Japonesa (FOTO: Geison M. Concencia)

Por Geison M. Concencia

Ivoti – Uma obra da Colônia Japonesa está sendo alvo de uma polêmica envolvendo Prefeitura e a empresa SV Incorporadora, de Caxias do Sul. O pórtico chamado de Tori está no centro desse debate, pois a origem de seu material é de pinus lavados. Segundo a Prefeitura, o material não condiz com o projeto e, portanto, cancelou os pagamentos. A responsável pela obra argumenta que Executivo sabia das mudanças e autorizou a modificação de itaúba – madeira considerada nobre – para outra matéria-prima, mas, igualmente, com a mesma qualidade.

O debate reside no fato da empresa acusar a Prefeitura de consentir para mudanças no projeto. Segundo eles, como foi planejado o pórtico, inicialmente, não permite o uso de itaúba ou semelhante. A SV argumenta que as fundações também não estavam corretas e, portanto, teria sugerido modificações no projeto, a fim de poder executar dentro do orçamento.

A empresa ressalta que não tomou a decisão sem a permissão da Prefeitura. Segundo a diretoria, ocorreram reuniões com membros do Executivo, que, segundo eles, teriam consentido com as modificações, já que as mudanças necessárias para adequar a itaúba, acarretariam aditivos na obra que estourariam o orçamento.

Por outro lado, Prefeitura nega as acusações e diz que não permitiu tal mudança. Além disso, em nota publicada em edições passadas, a Prefeitura destacou que jamais autorizou a construção do pórtico com material inferior.

Câmara intima Prefeitura e empresa para dar esclarecimentos
Agora, Câmara pretende dar continuidade ao assunto e ouvir o sócio-proprietário da SV Incorporadora, Paulo Oliveira. O presidente da Câmara, Volnei Gross, pretende convocar o representante da empresa para esclarecer os fatos.

Durante a última sessão, o tema foi trazido à tona pela parlamentar Marli Gehm. Porém, a vereadora não tinha conhecimento completo da pauta e nem sabia da matéria publicada pelo jornal, em que a empresa acusou a Prefeitura de permitir mudanças no projeto. A vereadora atendeu pedidos de populares, que questionavam sobre a falta de pagamentos a SV Incorporadora. Ela justificou o que já foi publicado em edições anteriores, de que a madeira utilizada era inferior ao contratado no projeto, por isso, Prefeitura não efetuou a quitação.

Volnei e Ivanir evitaram comentar sobre a assunto. Os dois querem ouvir as explicações da própria empresa e da Prefeitura, antes de tomar qualquer decisão. “Vamos esperar a documentação vir. Assim que o proprietário estiver presente, ele pode dar sua versão dos fatos”, esclarece Volnei.
Presidente da Câmara também ressaltou que a versão de não pagar a SV por inconformidades perde credibilidade, caso a empresa comprove suas informações. “Até uma conversa de What’s app serve como prova. Caso não tenha, ele terá que ver como deve solucionar o problema”, aponta Volnei.

Satoshi sugere fibra de vidro para salvar pórtico
Segundo o vereador Satoshi Suzuki, uma das possibilidades de evitar a ruína do pórtico é aproveitar o molde da estrutura e envolvê-la com fibra de vidro, igual ao que acontece com barcos. Para ele, isso permitiria uma sobrevida ao projeto. Suzuki argumenta que a madeira presente no pórtico não vai durar muito tempo.

O vereador também lembra que questionou a Prefeitura sobre o projeto. Segundo ele, com os valores disponíveis, não seria possível a construção do pórtico com madeira itaúba. Porém, governo respondeu que já havia uma empresa disposta a iniciar a obra. “Achava difícil, com esse orçamento, uma madeira da Amazônia. Seria muito caro. Ficamos do bico, olhando para ver se conseguia fazer pelo preço. Por isso, conseguimos pegar a empresa no pulo”, explica Suzuki.

O sócio-proprietário da SV Incorporadora, Paulo Oliveira, respondeu à redação do Jornal O Diário sobre a possibilidade de estar presente na Câmara para esclarecer os fatos. Oliveira disse que, assim que for convocado oficialmente, deve participar da sessão e tirar dúvidas dos vereadores. Desde o início, ele confirma e diz ter provas, que junto ao seu jurídico, pretendem revelar que Prefeitura permitiu mudanças no projeto.

 

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