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Coluna Linha Nova

Cândido Nascimento – 30/10/2024

30/10/2024 - 09h36min

Atualizada em 30/10/2024 - 09h36min

REPROVAÇÃO POLÊMICA

Foi reprovado por 5 a 4 pela Câmara de Vereadores um Projeto de lei que buscava viabilizar a instalação de uma unidade da empresa Ruphental Alimentos, com investimentos previstos na ordem de 10 milhões e a geração de 50 empregos diretos. Votaram contra o projeto os vereadores: Luciane Zimmermann Costa, Jaqueline Fritsch, Paulo Altman, Beatriz Schmitt e Gilberto Vogel.
A presidente da Câmara, Jaqueline Fritsch, e a vereadora Luciane Zimmermann alegam que as perguntas feitas não foram respondidas.

LAMENTO

A atual Administração Municipal lamentou a decisão, alegando que seria uma importante oportunidade para o município quanto ao desenvolvimento. Além da geração de empregos, trata-se de uma reivindicação frequente população, levando em conta que a empresa viria para trazer significativos tributos ao município. Segundo o prefeito Henrique Petry a vinda dessa empresa representaria um grande avanço para Linha Nova.

“TRANSPARÊNCIA”

A presidente da Câmara, Jaqueline Fritsch, falou que o projeto veio com um valor irrisório de R$ 5 mil para dar um sinal para desapropriação ou para compra de um terreno a uma indústria que viria a se instalar na cidade de Linha Nova. E como só era um sinal, pois faltavam informações da Prefeitura sobre quem é o proprietário das terras, onde são e qual o valor que elas vão ter. afirmou que não daria um cheque em branco. Também disse que tem responsabilidades como vereadora.
A presidente da Câmara questiona sobre a transparência da negociação, pela falta de respostas.

EM BRANCO

Também a vereadora e vice-prefeita eleita por Linha Nova, Luciane Zimmermann da Costa, disse que o prefeito enviou um projeto de lei pedindo verba para adquirir (desapropriar) um imóvel (PL 43). “Não disse qual seria o imóvel, tampouco qual seria o valor. Apenas disse que iria suplementar depois o valor por decreto. Isso é um cheque em branco! E foi só isso que foi reprovado pela maioria dos vereadores”, afirma a vereadora.

INFORMAÇÕES

Luciane afirma que a Câmara solicitou informações para poder votar o projeto. A Administração deixou sigiloso. Ela diz que trata-se de dinheiro público e que não foi enviado à Câmara o projeto de lei com os benefícios a serem concedidos.
A Comissão Permanente de Pareceres questionou se houve assinatura de algum protocolo de intenções com a Prefeitura e qual o nome da empresa, qual a perspectiva de geração de vagas, se existe avaliação da área a ser negociada. E também o valor avaliado, a forma para destinar a área e se seria por meio de compra ou desapropriação.

VOZ DA EMPRESA

A empresa respondeu à reportagem que existem inúmeros Municípios oferecendo incentivos. A definição será na próxima semana. O diálogo é com o secretário Jônatas e com o prefeito Henrique Petry. Segundo Franciel Ruppenthal a questão é simples. “Se os vereadores não querem o nosso projeto na cidade, partimos para outra”, afirmou.

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