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Polícia

MISTÉRIO SEM FIM: Desaparecimento de idosa em asilo completa oito meses sem vestígios

07/11/2024 - 08h02min

Maria de Fátima Silva Ávila desapareceu no dia 7 de março

“A gente não sabe nem o que pensar mais”, diz filha

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos / Campo Bom | Um mistério sem fim e uma angústia que só aumenta. Já são oito meses sem Maria de Fátima Silva Ávila, 64 anos. E o mais doloroso para a família é não saber o que aconteceu.

“É muito tempo. A gente não sabe nem o que pensar mais. É muito complicado”, disse a filha Luciana Silva Ávila Medeiros.

No dia 7 de março deste ano, Maria desapareceu do Lar de Idosos Jardim de Deus, localizado na Estrada Quatro Colônias Norte, na divisa entre Dois Irmãos e Campo Bom. E desde então nenhum vestígio, nenhuma notícia.

Asilo foi interditado

Embora territorialmente o local do desaparecimento seja em Dois Irmãos, a investigação está a cargo Delegacia de Campo Bom. O delegado Rodrigo Câmara afirmou que estão investigando mas, não há nenhuma novidade sobre o caso.

Os proprietários do lar disseram à Polícia Civil que ela saiu pelo portão do lar depois que eles o deixaram acidentalmente aberto. Imediatamente, o Corpo de Bombeiros fez buscas na região – um local ermo e rodeado de mata fechada.

Testemunhas foram ouvidas, câmeras verificadas, mas a polícia não conseguiu nenhuma informação sobre o paradeiro da idosa.

Logo após o desaparecimento, no dia 13, o lugar foi interditado pela Prefeitura de Dois Irmãos diante da ausência de alvará e autorização dos órgãos competentes. Havia outros 12 idosos no local.

Família encontrou Maria com hematomas

 

A família é de Campo Bom. Segundo a filha Luciana, Maria foi colocada no lar após sair de uma clínica psiquiátrica onde fez tratamento devido à crise de esquizofrenia e depressão.

Ela estava bem, gostava do lugar. Mas na quinta-feira do ocorrido, a família já encontrou outra situação. “Estava com o olho e a boca rocha, com hematoma. A senhora, dona do lar, falou que ela tinha brigado com outra senhora.”

Mas o que gerou estranheza foi que a proprietária não saiu de perto durante a visita.

Luciana até cobrou que deveriam ter avisado da suposta briga.

Saiu e ligou para a irmã, que foi de tarde. “Só que para minha irmã era o dono que ficava em roda, dizendo que a mãe tinha caído e batido.”

Desparecimento foi logo depois

As duas irmãs nem tinha se conversado ainda depois da visita da última. “Eu estava saindo do hospital onde trabalho e me ligaram dizendo que a mãe tinha desaparecido. Isso era 19 horas”.

Imediatamente todos foram procurar. Ninguém descansou. Procuraram na sexta-feira debaixo de chuva. Sábado vieram os Bombeiros com cães farejadores, helicópteros, drones e nada.

Segundo Luciana, os cachorros não sentiram nenhum rastro do lado de fora. “A não ser dentro do lar onde sentiram o cheiro da mãe.

As câmeras de monitoramento do asilo não estavam funcionando. Já as das ruas, dos comércios e residências, não flagraram dona Maria.

Foram feitos anúncios em jornais, canais de TV, folhetos e até carro de som, mas ninguém a viu.

APELO

Quem tiver quaisquer informações que possam ajudar na localização pode entrar em contato pelo 051 98340-3280, 051 99532-6019, ou pelo 190, com a polícia.

O proprietário do asilo, Belamar Ribeiro, disse que não vai se manifestar a respeito.

 

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