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Homenagens celebram memórias de mãe e filha que morreram soterradas na Linha Marcondes

23/11/2024 - 09h06min

Ledwina e Elisabete morreram soterradas na casa (FOTO: Cleiton Zimer – arquivo / detalhe/reprodução arquivo pessoal)

Tragédia da Linha Marcondes completou um ano em novembro

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval / Gramado | Um ano se passou de uma enxurrada histórica que atingiu a região entre os dias 17 e 18 de novembro de 2023. Apesar dos transtornos e prejuízos terem sido muitos – na infraestrutura e agricultura –, gradativamente tudo foi sendo recuperado.

Contudo, há uma ferida que jamais vai curar: a perda de duas vidas. As águas turbulentas deixarão para sempre a lembrança triste que ceifou a vida de Ledwina Lehnen, 86 anos, e Elisabeta Maria Benisch Ponath, 51 – mãe e filha.

Elas morreram soterradas na localidade de Linha Marcondes, divisa entre Gramado e Teewald. Após horas ininterruptas de chuva, um barranco veio abaixo por volta do meio-dia e levou a casa da família.  Ledwina e  Elisabeta morreram no local. A filha de Elisabete, Débora Carolina Benisch, 32, e o padrasto, Olavo Ponath, 56, também estavam na hora, mas sobreviveram.

Homenagens

Apesar da propriedade estar situada em Gramado, todos os vínculos da família estão em Santa Maria do Herval. Por isso, neste final de semana, duas missas celebram as memórias de Ledwina e Elisabeta.

No sábado, 23, a cerimônia acontece às 18h na Igreja Matriz Nossa Senhora Auxiliadora, no Centro de Herval.

No domingo, 24, às 9h da manhã acontecerá outra missa em homenagem a elas na Capela Nossa Senhora da Purificação, na Linha Marcondes Baixa.

A família pede que, quem puder, traga flores – preferencialmente brancas e que simbolizam a paz – para que posteriormente sejam colocadas sob os túmulos. Podem ser entregues para a filha Débora, ou, deixadas diretamente nos jazigos.

Agradeço do fundo do meu coração a todos que puderem e quiserem comparecer a uma das celebrações”, disse Débora.

O RECOMEÇO

Após perderem dois membros da família e a casa – a qual tinha sido construída há apenas sete anos com árduo trabalho na lavoura – Débora e o padrasto Olavo se mudaram para a localidade de Linha Marcondes Alta, na casa dos falecidos pais de Olavo.

Para recomeçar, receberam muitas doações. “Agradeço a todas elas”, destacou Débora, explicando que receberam roupas, cestas básicas, móveis, utensílios domésticos de diversas pessoas. “Também foi fundamental o poder público! Não fomos abandonados pelos agentes públicos”, fez questão de ressaltar.

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