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Morador de Dois Irmãos enfrenta complicações após cirurgia e família cria vaquinha para pagar despesas médicas
Carlos Alberto Kasper, 52 anos, morador do Loteamento Bonamigo, em Dois Irmãos, passou por uma cirurgia de pieloplastia no dia 8 de janeiro e recebeu alta dois dias depois.
O procedimento foi realizado graças a comoção popular, que, já desde o ano passado, passou a ajudar Kasper através de uma ‘vakinha’ para que pudesse arcar com as despesas de forma particular – já que a demora do sistema público poderia levá-lo a morte.
No dia 12, no entanto, ele retornou ao pronto atendimento municipal com falta de ar e ritmo cardíaco irregular. Apesar dos exames apontarem alterações, a transferência para um hospital de maior complexidade não aconteceu pelo SUS.
Diante do agravamento do quadro, a família optou por uma ambulância particular para levá-lo a um hospital da rede privada, onde foi internado na UTI com embolia pulmonar.
A espera por transferência
Segundo a filha do paciente, Liliane Kasper, ele chegou ao pronto atendimento pela manhã e recebeu medicação para ansiedade. “Com o medicamento, ele apagou, mas quando veio o exame, deu alterado“, relatou. Diante dos resultados, novos exames foram feitos e a equipe médica recomendou a transferência.
Por volta das 15h, os médicos continuavam tentando vaga em um hospital público, mas a liberação não ocorreu. Às 19h, após contato com o cirurgião, a família decidiu levá-lo para um hospital da rede particular, onde foi admitido com saturação de 76%. “Conversando com ele, vimos que estava bastante ‘fora’ e sufocando“, descreveu Liliane.
Internação e complicações
Ao chegar à unidade privada, Carlos foi encaminhado diretamente à UTI, onde permaneceu por um dia. Uma vaga pelo SUS surgiu no dia seguinte, mas os médicos não autorizaram a transferência devido ao risco elevado. Com o uso de anticoagulantes, ele apresentou sangramento da cirurgia recente, necessitando lavagens e sonda, o que resultou em anemia.
Após melhora, ele foi liberado, mas, três dias depois, retornou ao hospital com febre e dor ao urinar. Os exames confirmaram uma infecção renal, exigindo novo período de internação e antibióticos intravenosos.
Liliane destacou que, no pronto atendimento, muitos profissionais acreditavam que os sintomas eram apenas de ansiedade. “Graças aos exames e insistência, foi constatada a embolia de fato“, afirmou. O paciente não foi transferido pelo SUS por falta de leitos em unidades com nefrologia e urologia especializadas.
Dívida hospitalar e vaquinha
O custo total da internação e ambulância ficou em aproximadamente R$ 35 mil. Sem condições de arcar com o valor à vista, a família parcelou a dívida no cartão de crédito de uma tia e criou uma campanha online para arrecadar fundos.
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