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Lula pede que população evite comprar alimentos para conter alta de preços
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou polêmica nesta quinta-feira (6) ao sugerir que a população deixe de comprar alimentos com preços elevados como uma forma de pressionar o mercado a reduzir os valores. Durante uma entrevista a rádios da Bahia, Lula afirmou que o poder do consumidor pode influenciar os preços dos produtos.
“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo (…) Se você vai no supermercado aí em Salvador e você desconfia que tal produto tá caro, você não compra. Olha, se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que ele acha que tá caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque senão vai estragar”, disse o presidente.
A sugestão de Lula foi criticada pela oposição, que acusou o presidente de não compreender a realidade dos brasileiros. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos primeiros a reagir, ironizando a fala de Lula. “Agora o problema do Brasil é que a população não sabe escolher qual carne comprar? O governo tem que fazer o trabalho dele e não pedir para a população se virar”, afirmou Ferreira em suas redes sociais.
O governo enfrenta crescente pressão sobre a inflação dos alimentos, com aumento nos preços de itens essenciais, como arroz, feijão, carne e óleo. Lula e seus aliados têm enfrentado críticas pela forma como lidam com a crise econômica, com algumas pessoas apontando que as sugestões do presidente não são viáveis para a grande parte da população, que já luta para arcar com os custos do dia a dia.
Por outro lado, aliados de Lula tentam minimizar a polêmica, defendendo que o presidente apenas destacou o papel do consumidor em uma economia de mercado. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, reforçou a importância da ação do consumidor para ajudar a combater os aumentos abusivos de preços.
A declaração, no entanto, seguiu gerando reações acaloradas nas redes sociais e intensificou o debate sobre a economia brasileira.