Após adiamento, 700 mil alunos da rede estadual voltam às salas de aula nesta quinta-feira no RS

O ano letivo de 2025 na rede estadual do Rio Grande do Sul inicia nesta quinta-feira (13) após adiamento causado pelas altas temperaturas. Segundo a Secretaria da Educação (Seduc), cerca de 700 mil estudantes estão matriculados nas escolas estaduais, número semelhante ao de 2024.

Expectativa de estabilidade nas matrículas

Mesmo com os desafios provocados pela enchente de maio do ano passado, o governo estadual prevê manutenção no total de alunos. O período de confirmação das matrículas segue aberto.

“O número tem reduzido, até pela questão demográfica. Mas, mesmo com essa redução, nossa expectativa é fechar em 700 mil alunos. É uma manutenção muito boa”, afirma a secretária da Educação, Raquel Teixeira.

Distribuição de uniformes

As escolas começaram a receber os kits de vestuário dos estudantes nesta semana. Em Porto Alegre, as entregas terão início na próxima segunda-feira (20). O investimento estadual para a produção e distribuição de sete milhões de peças é de aproximadamente R$ 208 milhões. A previsão é que todas as 2,3 mil instituições da rede sejam atendidas até o final de março.

Decisão judicial sobre a volta às aulas

O retorno estava programado para segunda-feira (10), mas o Cpers, sindicato dos professores, obteve liminar suspendendo as atividades até o dia 17. A entidade alegou que o calor elevado poderia prejudicar as aulas, já que nem todas as escolas possuem infraestrutura adequada.

O governo estadual recorreu e, na terça-feira (11), garantiu autorização para iniciar o calendário letivo. O desembargador Eduardo Delgado considerou que a Seduc permitiu ajustes nos horários e grades curriculares para reduzir os impactos das temperaturas elevadas. Além disso, orientou medidas relacionadas à alimentação e hidratação dos estudantes.

Previsão do tempo na retomada

Na segunda-feira (10), Porto Alegre registrou 37,9°C. Para esta quinta, a previsão indica mínima de 22°C e máxima de 28°C, com possibilidade de chuva. O calor segue como preocupação, especialmente em unidades sem estrutura adequada para ventilação e climatização.