Panela de Pressão – 13/03/25

Por Raul Petry

METADE

Uns tempos atrás a receita própria das Prefeituras era pequena, não passava de 20 a 30% do total da receita. Agora ela gira em torno de 50%. As Prefeituras não podem se queixar. Antigamente viviam de pires na mão. Agora tem uma boa capacidade de arrecadação de receita própria. Dos 173 milhões da arrecadação do ano passado, só 52% veio de fora, através do retorno do ICMS, FPM e outras transferências. A salada de letras é infinita. O Brasil tinha 60 impostos diferentes há uns anos, agora deve ter bem mais. Só no governo Lula foram criados uns 12 impostos e taxas novas. O negócio é arrecadar sem dó nem piedade. Uma coisa que os governos não resolvem é a distância entre os pobres e ricos. Cada vez menos ricos ficam mais ricos e cada vez mais pobres ficam mais pobres. Uma boa quantidade deles vive hoje em dia às custas do governo. São 60 milhões de brasileiros que dependem direta ou indiretamente do governo. É a metade da população economicamente ativa. E as empresas clamando por mão de obra. Não é que ela não exista, as pessoas não querem trabalhar porque o governo atrapalha.

PERDA

Por exemplo, uma família onde o marido e a mulher ganham Bolsa Família não vão trabalhar em lugar algum. A não ser fazendo bico. Porque se assinarem a carteira de trabalho perdem o benefício. Mesmo ganhando o dobro com carteira assinada, eles preferem ficar sem nada mas ganhando o Bolsa Família. A regra é uma ou outra. Tem milhões de vagas no Brasil e não tem mão de obra. Não tem principalmente a de baixa renda, porque são estes que estão no Bolsa Família. E eles preferem ficar onde estão.

PIORA

O Brasil piorou em todos os sentidos. Quando se deixa de produzir por falta de mão de obra. E o Pib que é baixo é fruto em grande parte pelos gastos do governo, que é a pior forma de crescer. O dinheiro troca de mãos e não gera emprego bom. Se estivesse na mão da iniciativa privada geria muito mais renda e riqueza. Está tudo errado. E como mudar se os que ganham o Bolsa Família e outros benefícios tem a seu favor o voto, que é o que os políticos mais precisam. Estamos cada vez mais perto do velho ditado que diz que a única porta de saída para uma vida melhor é o aeroporto.

O PIB de Ivoti deve andar girando em torno de 1 milhão de reais. Como a Prefeitura arrecadou 173 milhões, 18% é o que fica nas mãos do município. 60% vai para Brasília, onde os políticos se banqueteiam com o dinheiro dos impostos. E o resto fica no Estado. Na Alemanha 70% fica no município e uma ínfima parte com a União, como deve ser. Como aqui está tudo errado, quase todo o dinheiro viaja dos Estados para Brasília e não volta mais. E nunca vamos ver este estado de coisas mudar.