Coluna Estância Velha
Mulheres à frente da comunidade
Não são poucas – infelizmente – as vezes em que nos deparamos com situações onde as mulheres são diminuídas, deixadas de lado, colocadas em cargos inferiores ou outras situações onde sua imagem é transformada em algo que não deveria. Por séculos mulheres foram sempre taxadas de frágeis, diminutas e que não tinham outra função dentro da sociedade a não ser cuidar da casa e dos filhos e serem submissas aos homens. Por conta disso, ver mulheres assumindo posições empoderadas dentro da sociedade e fazendo do seu caminho algo de vital importância para a comunidade, é algo que nos enche de orgulho e esperança. Ter uma mulher como presidente de um sindicato de trabalhadores rurais – uma área muito dominada por homens – é algo extraordinário e ver que funciona, que ela faz andar e que o trabalho não deixa a desejar, nos deixa orgulhosos. Estamos caminhando para bons momentos, para bons tempos, em que gênero não define mais a capacidade de ninguém e, sim, seu trabalho.
EMPODERAMENTO EM AULA
Outra coisa boa nascida do fato de empoderamento feminino se dá quando chega às salas de aula e atinge as meninas em idade de formação. São crianças que estão começando a deixar a infância, chegando à adolescência e tendo seu caráter moldado. São meninas que vão crescer e, ao crescerem, poderão ver o mundo da forma como ele sempre foi ou de uma forma que ele deve ser – e começa a caminhar para ser. Meninas do Ervino Arthur Ritter falaram sobre violência contra a mulher em seu trabalho para a mostra científica. É disso que falamos: meninas ainda muito jovens, mas que já têm em mente a importância de falarmos sobre assuntos delicados, sobre situações ruins que precisam ser modificadas e extintas. Situações que não devem continuar. Há muito para se falar, há ainda mais para se fazer e quando as mudanças começam tão cedo nos dá a certeza de que coisas boas estão por vir. Pelo menos, é o que desejamos.
INTERDITADO
A avenida Presidente Lucena passou o dia interditada ontem devido a uma obra no Centro. Um trecho pequeno, com diversos pontos que poderiam ser utilizados para acessar o mesmo local – claro, com as devidas distâncias e proporções. Nada que afete tanto a vida de ninguém. Nada que poderia vir a ser um grande transtorno. No entanto, ainda ouvi pessoas reclamando demais da situação. Que deveria fazer isso em dias de menor movimento, que as pessoas precisam usar a via. É engraçado o quanto as pessoas costumam ignorar os direitos dos outros. Os funcionários que fazem o trabalho naquela obra certamente gostariam de um descanso no final de semana, mas para algumas pessoas, eles deveriam trabalhar sábado e domingo para não “incomodar” o restante da população. É, meus caros, falta empatia demais por aí.
UM ADENDO
Sabemos que obras causam transtornos e que interditar ruas – mesmo que um trecho tão pequeno – afeta a vida, mas sejamos mais humanos. Todos temos o direito de descansar e, bem, nem sempre a grande maioria será agradada.