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Câncer colorretal: entenda os sintomas e riscos da doença que matou Preta Gil
A cantora, apresentadora e empresária Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, em decorrência de complicações de um câncer colorretal — também conhecido como câncer de cólon ou de intestino. A artista estava em tratamento nos Estados Unidos desde maio, onde buscava terapias experimentais para o adenocarcinoma descoberto em 2023.
A morte de Preta Gil reacende o alerta sobre uma das doenças mais silenciosas e letais do sistema digestivo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal é o terceiro que mais mata no Brasil, com mais de 40 mil casos estimados por ano.
Tumor silencioso e traiçoeiro
O câncer colorretal se desenvolve principalmente a partir de pólipos — lesões benignas na parede do intestino que, se não retiradas, podem se transformar em tumores malignos. O tipo mais comum é o adenocarcinoma, justamente o que acometeu Preta Gil.
O principal desafio está no fato de que a doença pode evoluir sem sintomas por muito tempo. Quando aparecem, os sinais costumam ser confundidos com problemas intestinais comuns, o que retarda o diagnóstico.
Sintomas de alerta
Os especialistas recomendam atenção aos seguintes sintomas persistentes:
- Alterações nos hábitos intestinais (diarreia, constipação, fezes finas);
- Sensação de evacuação incompleta;
- Presença de sangue nas fezes (vermelho vivo ou escurecido);
- Cólicas e dores abdominais;
- Fadiga e fraqueza sem causa aparente;
- Emagrecimento involuntário.
Fatores de risco
Alguns hábitos e condições aumentam a chance de desenvolver câncer colorretal:
- Dieta pobre em fibras e rica em alimentos ultraprocessados;
- Sedentarismo e obesidade;
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
- Histórico familiar de câncer no intestino, ovário, útero ou mama;
- Doenças intestinais como Crohn ou retocolite ulcerativa.
Diagnóstico precoce salva vidas
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, a colonoscopia é o exame mais eficaz para rastrear e prevenir a doença. Ela deve ser realizada a partir dos 45 anos, ou mais cedo em pessoas com histórico familiar.
Com o avanço dos métodos diagnósticos, é possível detectar e remover lesões antes que evoluam. Quando identificada precocemente, a doença tem altas chances de cura.
Tratamento depende da fase da doença
O tratamento do câncer colorretal varia conforme o estágio da doença. Em geral, a cirurgia oncológica é o primeiro passo. Em casos mais avançados, pode ser necessário complementar com quimioterapia ou radioterapia.
Tumores descobertos tardiamente tendem a se espalhar para o fígado, cérebro ou peritônio, tornando o tratamento mais agressivo e com menor taxa de sucesso.
Prevenção e conscientização
A morte de Preta Gil serve como alerta para a importância do diagnóstico precoce. A baixa adesão aos exames de rastreamento, por medo ou tabu, ainda é um obstáculo no combate à doença.
Especialistas reforçam que falar sobre câncer colorretal é quebrar o silêncio que ele próprio impõe. A prevenção salva vidas — e começa com informação.
