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PREPARE O BOLSO: Conta de luz fica mais cara em agosto

30/07/2025 - 05h36min

Tarifa terá acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh; Aneel alerta para uso consciente de energia

Por Cleiton Zimer

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que o mês de agosto terá cobrança da bandeira vermelha patamar 2, a mais alta do sistema de bandeiras tarifárias. Com isso, os consumidores brasileiros pagarão R$ 7,877 a mais a cada 100 kWh consumidos. A medida, anunciada na última sexta-feira (26), vale para todo o país.

O motivo do aumento é a redução nas afluências hídricas — ou seja, menor volume de água nos reservatórios das hidrelétricas —, o que obriga o uso de usinas termelétricas, com custo mais elevado. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), todas as regiões registraram projeções de Energia Natural Afluente (ENA) abaixo da média histórica: 82% no Sul, 76% no Sudeste/Centro-Oeste, 65% no Norte e apenas 47% no Nordeste.

O cenário é o mais crítico desde outubro de 2024. Nos últimos dois meses, o país operava sob a bandeira vermelha patamar 1. A última vez que houve bandeira verde foi entre dezembro e abril.

Como funcionam as bandeiras

O sistema de bandeiras tarifárias informa o custo real da geração de energia:

  • Verde: sem cobrança extra
  • Amarela: + R$ 1,885 a cada 100 kWh
  • Vermelha patamar 1: + R$ 4,463
  • Vermelha patamar 2: + R$ 7,877

Aneel pede consumo consciente

Com o aumento, a Aneel reforçou o apelo por uso racional de energia. “A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, destacou a agência.

Pequenas atitudes como desligar luzes desnecessárias, evitar o uso de eletrodomésticos nos horários de pico e aproveitar mais a luz natural podem fazer diferença no valor final da conta.

Reservatórios ainda têm estabilidade

Apesar das afluências reduzidas, os níveis de Energia Armazenada (EAR) se mantêm estáveis em algumas regiões: Norte com 90,8% de capacidade, Sul com 78,4%, Nordeste com 60,9% e Sudeste/Centro-Oeste com 59,4%.

O diretor-geral do ONS, Marcio Rea, afirmou que o sistema opera com segurança no momento, mas destacou a necessidade de atenção contínua durante o período seco.

Seguimos com uma política operativa de preservação de recursos hídricos e atentos aos cenários que virão com o decorrer do período seco.”

Agosto começa com alerta ligado: se a situação não melhorar, o peso na conta de luz pode continuar nos próximos meses.

 

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