Colunistas
Tenho capital político de 3 a 4 meses
Vocês se lembram a polêmica que criou o projeto de lei da vereadora Marli Heinle Gehm sobre a proibição de consumo de bebida alcoólica em praças públicas. Como já foi frisado aqui o projeto não era de todo ruim. O que era ruim foi a confusão que se fez quanto ao horário da proibição e quem vai fiscalizar, além de se saber a competência da Prefeitura de Ivoti para fazer a fiscalização. Está bem, é dela, mas quem é o fiscal que irá se expor para encarar os infratores na hora da onça beber água? No frigir dos ovos seria mais uma lei que cairia no vácuo, mais uma lei que não passaria de letra morta, ou seja, que todos ignorariam em pouco tempo, inclusive a própria autoria e os vereadores que votariam a favor. Se é para fazer lei que não produz efeito nenhum depois pela experiência que se tem, então é melhor não fazer nada.
AMBULANTES
Estão aparecendo ambulantes na cidade, cujo trabalho deve ser respeitado, mas não tolerado se a lei não permite. Tudo tem que ser baseado em lei. Se estão irregulares, tem que ser coibidos da prática da venda à margem da lei. A gente entende da necessidade deles se manter. Afinal, são cidadãos que precisam sobreviver e apelam para tudo para conseguir isso. Mas se é contra a lei, ou se libera para todo mundo, ou se libera para ninguém.
ANA AMÉLIA
Esta semana esteve na Prefeitura de Ivoti a senadora Ana Amélia Lemos. Como se sabe, ela foi por muitos anos correspondente da RBS em Brasília, onde conseguiu a visibilidade necessária para conquistar uma vaga no Senado há 8 anos. Agora disputa à reeleição e consta que irá se reeleger com certa folga. Trata-se de uma das melhores senadoras que temos. É séria e trabalha muito. O gabinete do prefeito ficou pequeno para receber a senadora. Afinal, ela é do partido do prefeito e nada mais natural. O PP está no poder e tem que prestigiar seus candidatos.
GOVERNADORES
Também apareceram nos últimos dias os candidatos a governador, Eduardo Leite, Jaime Jorge, Miguel Rossetto e Luis Carlos Heinze. Todos eles reconhecem as dificuldades do Estado, mas nenhum dá uma solução para o problema. Eles ficam desconversando quando o assunto é para apontar medidas para a solução do problema. Preferem citar a recuperação econômica do Estado para, através do crescimento da economia, melhorar as finanças do Estado. Só que uma coisa depende da outra. Com o nível de tributação que se cobra dos agentes econômicos, não tem como recuperar o Estado porque vai faltar investimento para aumentar a arrecadação de impostos via crescimento econômico. As empresas daqui estão fugindo para lugares onde é mais barato produzir. E quem vai fazer alguma coisa para impedir isso? Nenhum deles certamente.
INCISIVO
Quem foi mais convincente e incisivo foi Eduardo Leite, o ótimo prefeito de Pelotas que concorrerá ao Piratini. Muito claro em suas explanações, reconhece que tem “capital político” de apenas três a quatro meses para implementar todas as medidas necessárias e que precisam passar pela Assembleia. Os demais não são nem claros a este ponto elementar. José Ivo Sartori diz que concorrerá e está na frente nas pesquisas. Nunca um governador no Estado se reelegeu. A disputa está em aberto. Se é para não fazer nada como Sartori, é melhor não concorrer.