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Polícia Militar confirma identidade do suspeito de atentado a Jair Bolsonaro

06/09/2018 - 19h00min

Atualizada em 06/09/2018 - 19h43min

País – A Polícia Militar identificou o suspeito de esfaquear o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos, confessou o crime, segundo a PM. O homem é natural de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, e foi preso em flagrante logo após o incidente.

Segundo o comandante do 2º Batalhão da PM de Juiz de Fora, tenente-coronel Marco Antônio Rodrigues de Oliveira, o suspeito “alegou que tentou ferir o candidato Jair Bolsonaro por ter divergências de ideias e pensamentos com ele. Ele não tem nenhuma filiação partidária. Falou que [foi] uma questão pessoal dele. Depois não manifestou mais nada”.

A polícia fez buscas em um imóvel onde Oliveira morou em Montes Claros, cidade a cerca de 800 km de Juiz de Fora, mas não encontrou nada.

Ainda de acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, Adélio foi espancado por apoiadores de Bolsonaro e está muito machucado.

40 anos e solteiro
Solteiro e natural de Montes Claros, Adelio completou 40 anos em maio.

“Ninguém fica sabendo, porque ele não dá endereço, sumiu no mundo”, afirmou o parente, que não quis se identificar.

“Já tive confusão com ele, pra mim ele não era normal e deu no que deu”, disse ele, que acredita que Adelio sofre de “algum distúrbio”.

De acordo com ele, o homem teve uma confusão com a família da sobrinha quando arrombou a casa em que vive a mãe dela. “Depois eu tive confusão com ele e ele foi embora e não tive mais notícia”, contou.

O marido da sobrinha disse que Adelio é muito religioso.

“Já sabia que um dia ia acontecer qualquer coisa, ele já ‘pegou faca’ pra irmã dele. A família humilde, pobre, não tem ninguém pra internar, aconteceu isso. Eu acho que é de tanto ler a Bíblia. Acho que ele lia a Bíblia de trás pra frente, de frente pra trás. Não é normal, não.”

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Adelio Bispo de Oliveira foi filiado ao PSOL entre 6 de maio de 2007 e 29 de dezembro de 2014.

Bolsonaro participava de um ato de campanha em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, e estava nos ombros de apoiadores quando foi atingido.

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