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De desaparecido à confirmação do homicídio e prisões dos acusados

14/09/2018 - 08h59min

Atualizada em 17/09/2018 - 08h57min

Picada Café/Nova Petrópolis – Em pouco mais de dois meses, um caso de desaparecimento se transformou no crime mais brutal cometido no calmo município de Picada Café. Foram dias de intenso trabalho da Polícia Civil de Nova Petrópolis, contando com apoio da Brigada Militar local e com demais troca de informações com outras delegacias.

No dia 9 de julho, um familiar registrou o desaparecimento de Alexandro Grott, 32 anos. O garçom morava no interior de Joaneta e não era mais visto há uma semana. Sumiu sem deixar rastros, causando grande preocupação em familiares, amigos e colegas de trabalho. Até o dia 24 de julho, a Polícia Civil conseguiu a confirmação de que o garçom não estava desaparecido. Ele havia sido vítima de um crime brutal. Alexandro foi morto, esquartejado e queimado e tudo foi filmado por dois assassinos. Neste mesmo período, os policiais já haviam descoberto a identidade dos dois acusados. Depois disso, foram mais 49 dias de buscas para efetuar as duas prisões. O primeiro acusado, Geovanne Savedra Monteiro, de 19 anos, foi capturado no dia 6 de agosto em São Lourenço do Sul, a cerca de 280 quilômetros de Picada Café.

Nesta semana, no dia 12 de setembro, o outro acusado foi preso traficando em Caxias do Sul. Ele é o próprio sobrinho do garçom, Mateus de Lima, 20 anos. Ao ser interrogado, confessou o crime. Além de Caxias do Sul, Mateus também tentou se esconder da polícia em São Francisco de Paula e São Lourenço. Nesta última cidade, é suspeito de ter matado um homem com um tiro na cabeça no dia 18 de julho – 18 dias depois da execução do garçom. Geovanne também não negou participação no dia da prisão. Os dois seguem recolhidos no presídio aguardando julgamento.

INQUÉRITO – A Polícia Civil está encerrando o inquérito e encaminhando para o Fórum, com os dois indiciamentos. Além dos depoimentos com autoria, o inquérito tem anexado o vídeo gravado pelos assassinos (esquartejando e queimando a vítima), além de outras fotos e informações que auxiliam na prova contra os indiciados, que deverão responder por homicídio, ocultação de cadáver e tráfico de drogas. No áudio, é possível reconhecer o sotaque paulista de Geovanne e Mateus pode ser reconhecido por pulseiras e tatuagens. A polícia ainda aguarda também resultados periciais, feitos na cena do crime e em materiais que possam ter sido utilizados para matar o garçom – como uma pá e uma faca. Segundo a investigação, Mateus e Geovanne mataram Alexandro porque ele não quis ceder sua casa para o tráfico de drogas. Os dois acusados do assassinato, segundo a polícia, são integrantes de uma facção criminosa que age no tráfico e é comandada por líderes de dentro dos presídios.

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