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Exames comprovam que clínica fraudava vacinas
O resultado de exames realizados em três pacientes de uma clínica particular de Novo Hamburgo, comprova que o local não aplicou vacinas contra a febre amarela. “Não foram detectados a presença de anticorpos da classe IgM (febre amarela)”, diz o laudo do laboratório Fiocruz, do Paraná, entregue nesta quarta-feira para Polícia Civil gaúcha.
As vítimas tiveram a pele perfurada, contudo a seringa estava vazia. A investigação apurou também que a proprietária do local utilizava a mesma agulha em diferentes vítimas, incluindo crianças e adolescentes, que buscavam proteção contra febre amarela e meningite. A clínica foi alvo de operação da Polícia Civil em janeiro deste ano, quando foi interditada e a proprietária presa preventivamente.
Para a Polícia Civil, os exames reforçam a gravidade do crime cometido pela dona do local, que foi indiciada. A mulher cobrava de pacientes por vacinas que não tinham no estoque, enganando as vítimas no momento da aplicação do produto. Uma das funcionárias da clínica, que foi quem denunciou a proprietária, afirmou que a clínica ganhou 212,5% a mais com aplicação de vacinas vazias. Os pacientes pagavam entre R$ 300 e R$ 600 pela aplicavação de vacinas.
Durante os mandados de busca e apreensão, agentes da Vigilância Sanitária de Novo Hamburgo e policiais civis localizaram algumas vacinas abertas, com o lacre violado, dentro de embalagens. Todas estavam vazias. Na residência da proprietária da clínica, também foram apreendidas vacinas vazias, que estavam guardadas dentro da geladeira.