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A polêmica envolvendo os médicos cubanos

20/11/2018 - 11h00min

Atualizada em 20/11/2018 - 11h18min

De tudo que se ouve falar dos médicos cubanos, polêmica desencadeada a partir da fala do presidente eleito de que faria exigências ao governo de Cuba para a sua permanência, muita coisa está surgindo à tona agora. Mas nada que não se saiba há muito tempo. Que o salário deles era baixo (cerca de R$ 3 mil) indo o restante dos R$ 11.893 para o governo de Cuba. Como era o Governo Federal que pagava o salário integral dos médicos, era negócio para os municípios tê-los nos seus quadros. O único custo para o município era pagar o aluguel e mais alguma coisa de manutenção. Outra coisa que se sabe, mas não é bem verdade, é o fato deles terem ido para os rincões do Brasil onde os médicos brasileiros não queriam ir. Que eles eram apartados de sua famílias porque era a garantia do governo de Cuba de que voltariam para casa ao fim do contrato como agora vai acontecer também é verdade, na medida que Cuba é um estado policial por natureza.

POLÊMICA

A questão é polêmica. Um conhecido meu me disse neste fim de semana que muitas Prefeituras se inscreviam para pegar médicos cubanos porque lhes custava muito menos do que os médicos brasileiros. Daí ser uma falácia a questão de que os médicos cubanos atendiam nos rincões do Brasil onde não queriam ir os médicos brasileiros. Eles estão espalhados por todo o País e a prova está aqui mesmo na nossa região. Aqui não é nenhum rincão do Brasil e só em Estância Velha são atualmente cinco médicos cubanos. Aqui em Ivoti três. Eles estão espalhados por toda parte. Portanto, a defesa do Mais Médicos no que tange aos médicos cubanos é frágil e vai caindo como um castelo de cartas. Um deles declarou na imprensa neste fim de semana que o trabalho deles era comparado literalmente a uma espécie de escravidão moderna. Ganham 25% do que o governo brasileiro paga e os outros 75% vão para sustentar a ditadura de Cuba. Se eles voltarem para lá ganharão apenas R$ 70 por mês. Qual o motivo que teriam para retornar para Cuba se não fosse o medo do regime castrista para ganhar lá 2,3% do que ganhariam aqui se continuassem no Brasil?

CASOS

Uma médica cubana que trabalhava em Ivoti conseguiu asilo nos Estados Unidos e hoje mora lá, ganhando 20 vezes mais do que ganharia em Cuba. Ela era muito amiga da vereadora Marli Heinle Gehm, que certa vez foi visitá-la nos Estados Unidos, onde ela está feliz da vida. Lá ela não corria risco de ser deportada para Cuba como aqui no tempo do governo do PT. Outro caso está acontecendo em São José do Hortêncio. Uma médica cubana que trabalhava lá se casou com um morador de Hortêncio e provavelmente não vai mais voltar para lá. A maioria que não tem filhos pequenos que ficaram em Cuba não retornarão para lá. Calcula-se que cerca de 1.000 dos 8.500 médicos cubanos que receberam ordem de retornar para Cuba não o farão. Eles pedirão asilo aqui no Brasil para continuar aqui no País. No fundo, eles são uma espécie de mercadoria de exportação para o governo de Cuba, que recebe pagamento como se fossem uma produto qualquer que se exporta de um país para outro. Tinham preço e tudo.

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