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Coluna Estância Velha

O trabalho de quem é daqui

29/01/2019 - 11h00min

Atualizada em 29/01/2019 - 14h45min

Conversei com o diretor de Turismo, Gilmar Pereira, durante o Estação Cultura do último final de semana e achei interessante o comprometimento que ele me passou com a questão de enaltecer os artistas locais. O Grupo Cambona, que animou o público com a música gauchesca, é de Estância Velha e outros artistas podem também vir “para a luz” com esse evento. É uma oportunidade incrível para quem é daqui, mostrar seu talento, ser conhecido. Muitas vezes o que falta é a oportunidade de mostrar o trabalho, de mostrar quem se é. Já ouvi, alguns anos atrás, uma pessoa lendo um cartaz sobre uma festa e dizia “artistas locais” e essa pessoa afirmou “nada que seja bom”. Aí que está, muitas vezes ignoramos quem faz arte dentro do nosso município por inúmeros motivos, mas quem sabe, dando voz a eles, as coisas podem mudar. Está na hora de fazermos mais por quem é daqui, prestigiando.

CARNAVAL

Entre as conversas que tive com o Gilmar, outra também foi interessante. Falamos sobre o Carnaval de Rua de Estância Velha que, neste ano, acontece no dia 2 de março. As escolas já estão ensaiando – e lotando seus pavilhões – e mostrando que já estamos em ritmo de samba. São três escolas por aqui e todas estão bem preparadas, porém, não é apenas com escolas de samba que se faz um carnaval e os bloquinhos também devem estar presentes. Gilmar comentou que estão convidando todos e tentando fazer com que os apaixonados por Carnaval venham para a Presidente Vargas e coloquem samba no pé.

FALANDO EM CARNAVAL

Chega essa época do ano – apesar da folia ser apenas em março – e começam as reclamações, as críticas e todo o clichê carnavalesco de sempre. É um show de reclamações por causa do barulho de uma noite, sendo que a praça, só para dar um exemplo, fica cheia todo final de semana. Eu não estou defendendo em gênero, número e grau, o Carnaval, mas defendo o direito de quem quer poder se divertir, pode fazer sem problemas. Vi muito isso em cidades por onde passei e, por conta disso, chamo de clichê, as reclamações e críticas que acontecem todo ano. Sabemos que o barulho incomoda e sabemos que os moradores têm direito ao sossego, mas no fim do dia, estamos falando de uma noite. Acredito que dá para aguentar. E, se usarem o argumento do dinheiro público, é sempre válido lembrar que verba da Cultura é verba da Cultura, não pode ser usada em outro lugar.

NO FIM

Para finalizar, acredito que a realidade por trás de tudo que falei é que as pessoas costumam gostar de criticar e reclamar, mas nem sempre de fazer alguma coisa. Quando vamos as sessões da Câmara, acabamos por ver – na maioria das vezes – as mesmas pessoas. Não adianta ficar reclamando de carnaval, de festa, ficar rindo que o evento teve dez pessoas, ficar criticando organização das coisas se, no fim, quando se tem a chance e a possibilidade de cobrar efetivamente, prefere-se ficar em casa. Coerência também é um ato político. E dos fortes.

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