Colunistas
Ontem o presidente da República entregou no Congresso Nacional o projeto da Reforma da Previdência
Há consenso de que não há escapatória. Ou acaba com os absurdos (pessoas se aposentando com 45, 48, 50 anos, ou até antes, e os privilégios) ou o Brasil vai para a banha literalmente. A estas alturas, o importante é garantir o valor da aposentadoria. Não podemos chegar ao ponto em que a Grécia chegou há 10 anos. Eles não tinham mais dinheiro nem para pagar as aposentadorias e o salário de todos foi reduzido em 30%. Se continuar a farra atual vamos chegar neste ponto. O mais importante é acabar com os privilégios, todos os brasileiros serem tratados da mesma forma, sem distinção para ninguém. Se existe um teto para nós, do INSS, tem que ter também para os funcionários públicos. Todo mundo tem que ser tratado de forma igual. Tratar todo mundo de forma igual tem que acontecer para acabar com o tormento de ter que viver toda a vida debaixo de injustiças como essas.
JAPÃO
O prefeito Martin vai para o Japão agora em março participar de um programa oferecido pelo governo japonês com toda a despesa custeada pelo Japão. São cerca de 12 integrantes, a metade políticos escolhidos “a dedo” pelo país do sol nascente. Os deputados federais, Marcel van Hattem e Kim Kataguiri, também estão na comitiva. O engraçado é que Marcel ligou para Martin esta semana e nenhum dos dois sabia que viajariam juntos daqui a duas semanas. A viagem é importantíssima se o prefeito quiser aprender alguma coisa. E tem muita coisa para aprender.
ALEMANHA
Quando estive na Alemanha e visitamos os 27 municípios da Romantishe Strasse de lá que inspirou a nossa Rota Romântica, aprendi demais e fiquei ainda mais crítico do que já estava com relação às coisas relacionadas a nosso sistema público. Não é para menos. Sabem quanto ganha um vereador de lá? Um pouco mais que nada. Às vezes a cidade tem 5 mil habitantes e olha lá, mas são uns 20 vereadores que eles chamam lá de representantes. Se reúnem só quando são convocados pelo prefeito e ganham uma ajuda de custo que é de cerca de R$ 200 por mês que no dinheiro deles não passa de 50 reais. É tudo muito simples e prático.
SOCIEDADE
Os vereadores de lá são como os nossos presidentes de sociedades, associação de moradores, comunidades religiosas, etc. Ninguém ganha nada. As pessoas arregaçam as mangas e trabalham de graça às vezes por anos a fio. Por que no nosso serviço público não é a mesma coisa? Lá é mais ou menos assim. Os vereadores de lá se candidatam para trabalhar pela comunidade e nada mais.
RATHAUS
Lá na Alemanha o nome da Prefeitura é Rathaus. Você entra numa Prefeitura de lá e não vê quase ninguém trabalhando. Elas estão entregues às moscas. É o prefeito, secretária e mais um ou outro funcionário. Mas pouquíssima gente. A comitiva de prefeitos, vices e vereadores daqui foram em várias Prefeituras ciceroneados pelo presidente da Rota Romântica, Cláudio Weber. Em todas elas o cenário é o mesmo. Aqui 60% da receita da Prefeitura são gastos com pessoal, afora os aposentados. Lá não deve dar nem 20%. Quem tem mais dinheiro para investir? Por isso você anda dias por lá e não vê um único buraco nas ruas e estradas.