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Com câncer agressivo e mãe de um bebê, jovem de Dois Irmãos precisa arrecadar R$ 449 mil para medicamento vital
Com 21 anos, Tainara precisa de R$449.530,48 para continuar seu tratamento contra câncer metastático
Dois Irmãos | Tainara Catiele Dutra, uma jovem de 21 anos, foi diagnosticada com câncer de mama Her2 positivo em agosto de 2024. Desde então, sua vida se transformou em uma batalha constante.
Após várias quimioterapias e uma cirurgia de mastectomia em fevereiro de 2025, a doença evoluiu para um estágio metastático. Agora, ela precisa com urgência de um medicamento chamado Trastuzumabe Entansina (Kadcyla), que não é fornecido pelo SUS, e o custo de cada ciclo é de R$32.109,32. Para completar o tratamento, Tainara necessita de 14 ciclos, ininterruptos, totalizando R$449.530,48.
O medicamento foi solicitado via judicial, mas, diante da urgência, não pode esperar – pois, uma vez iniciado, o tratamento não pode ser interrompido, e as aplicações devem ser realizadas em ciclos de 21 dias.
Desta forma foi criada uma vaquinha virtual. Em primeiro momento, o objetivo era ao menos pagar a primeira dose. Mas, como não há previsão se ou quando a justiça vai liberar o dinheiro, faz-se urgente que se consiga o valor total para arcar com todas as doses.
Criada na sexta-feira, dia 14, em pouco tempo a vaquinha passou dos R$ 50 mil; mas ainda há um longo caminho pela frente – e cada segundo, cada centavo, conta. PARA AJUDAR, CLIQUE AQUI E ACESSE A VAQUINHA.
Tainara junto de sua filha pequena
O início da luta contra o câncer
O diagnóstico de câncer de mama foi um choque para Tainara e sua família. “Naquela época eu ainda amamentava a minha filha, que tinha um ano e oito meses. Quando eu descobri, eu tinha apenas um nódulo, bem do lado da mama, mais perto da axila, sem nenhum outro sintoma”, relembra.
Sem histórico familiar da doença, o impacto foi ainda maior. Mas, apesar do medo, Tainara se manteve positiva e determinada: “Em nenhum momento eu pensei negativamente.”
Imediatamente iniciou os exames necessários e o tratamento. “Comecei a fazer as quimioterapias no final de setembro, sendo quatro químios vermelhas seguidas de quatro brancas. Mesmo com os efeitos adversos, como enjoos e vômitos, consegui seguir com o tratamento, graças ao apoio nutricional”, conta Tainara. O apoio de amigos, familiares e do Instituto Olivia do Bem foi fundamental nesse momento.
Reações do tratamento
O tratamento, no entanto, não trouxe os resultados esperados. “A minha mama começou a ficar maior e densa, e os médicos suspeitaram de um câncer inflamatório”, explicou. Em um dos exames de acompanhamento, Tainara teve a surpresa de saber que as químios vermelhas não estavam surtindo efeito. “O nódulo continuou crescendo, então o médico decidiu incluir o Trastuzumabe, que é específico para o tipo de câncer HER2 positivo“, contou.
Tainara continuou com o tratamento, apesar de complicações. Durante o ciclo de quimioterapia, ela contraiu uma infecção grave que fez com que o tratamento fosse adiado duas vezes. “Minhas plaquetas estavam baixas, mas com muito apoio nutricional, consegui me recuperar e seguir em frente.”
Em fevereiro, após o tratamento com as quimioterapias brancas e Trastuzumabe, Tainara passou por uma mastectomia total da mama direita com esvaziamento axilar.
O agravamento e a necessidade de uma nova cirurgia
Apesar da cirurgia, Tainara não obteve a recuperação esperada. A notícia da biópsia foi devastadora. Dos 28 linfonodos retirados, 15 estavam com câncer e a doença havia se espalhado.
“Eu estava confiante, achava que agora ia seguir com o Trastuzumab pelo SUS e depois fazer radioterapia“, disse. Porém, em uma consulta de acompanhamento, a realidade foi muito diferente. “O câncer não havia diminuído como esperado. Ele evoluiu para um grau alto de agressividade, e eu precisava de tratamento imediato.”
Um mês após a cirurgia, Tainara começou a perceber caroços na cicatriz. A mastologista, ao examinar a situação, confirmou que o câncer havia voltado. “Ela me disse que a recidiva foi rápida, e que não podia esperar mais uma semana”, contou.
Ainda na sexta-feira (14) foi marcada uma cirurgia de urgência para retirar o expansor colocado na cirurgia anterior, além de tecido afetado pela doença. “Eu precisei passar por uma segunda cirurgia para retirar tudo ao redor da cicatriz. Foi feito um corte maior, pois o câncer havia se espalhado mais do que pensávamos”, relatou.
Tainara agora está se recuperando, mas o tratamento não pode parar – é necessário conter o avanço da doença. A radioterapia, necessária após a remoção dos tecidos afetados, também precisa ser iniciada urgentemente.
A luta pela medicação e o pedido de ajuda
Além da cirurgia e radioterapia, Tainara precisa do Trastuzumabe Entansina (Kadcyla) para interromper a progressão do câncer. Este medicamento é vital para seu tratamento, mas não é fornecido pelo SUS.
O custo é altíssimo: R$32.109,32 por ciclo, e ela necessita de 14 ciclos. “Já encaminhamos o pedido via judicial, mas o tempo está correndo e não podemos esperar mais. O câncer voltou rapidamente, e a medicação é urgente“, afirma Tainara.
Tainara, que trabalha em um setor de e-commerce e estava prestes a ser promovida antes de ser diagnosticada, ainda está empregada, mas afastada devido à doença. O futuro financeiro é incerto, e a arrecadação de dinheiro é fundamental para que ela possa continuar sua luta pela vida.
A mobilização e o apoio
Em meio a tudo isso, Tainara tem sido surpreendida pela solidariedade de amigos, familiares e até desconhecidos que se uniram para ajudar. “Quando a campanha começou, eu não sabia o que esperar, mas quando vi que já havia arrecadado mais de R$19 mil, fiquei muito emocionada. Não sabia como agradecer a todos, mas estou muito grata pelo apoio“, disse, emocionada.
O apoio emocional também tem sido fundamental. Tainara tem recebido força da família, especialmente de sua filha, que sempre a apoia. “Minha família sempre esteve ao meu lado. Eu sei que vou vencer, porque tenho muita força, e eles me ajudam todos os dias”, afirmou, lembrando também dos profissionais que não a deixam desamparada.
Tainara também mencionou que, caso a justiça lhe conceda o medicamento, o valor arrecadado em seu nome, se sobrar, será direcionado para outro alguém que possa estar precisando. No entanto, não há confirmação se o juiz lhe dará parecer favorável.