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Coluna Nova Petrópolis

Coluna de Nova Petrópolis – 15/07/2025

15/07/2025 - 06h00min

Por Anna Bezerra

UFA!

Teve gente que até estranhou. Nada de sinaleira, nada de fila quilométrica na BR-116 neste fim de semana. Um alívio raro entre Picada Café e Nova Petrópolis. E não foi sorte: foi pausa. As máquinas pararam, as pedras foram retiradas e o trânsito, finalmente, fluiu. Em um trecho, colocaram proteção contra o barranco. Em outro, limparam o que ameaçava cair. Mas calma — o DNIT não prometeu paz eterna. A previsão é de que as obras voltem nesta semana, em outro ponto, lá no km 191. Dessa vez, é o barranco de cima que tá cedendo. Ou seja: o revezamento de paciência continua. Por enquanto, é respirar fundo e aproveitar a trégua.

NA MESA

Um dos projetos que chega à Câmara na sessão ordinária desta terça (15) trata da contratação temporária de um auxiliar de desenvolvimento infantil. Só um? Sim. Mas cada presença faz diferença quando se fala de educação infantil. A vaga cobre a ausência de uma servidora afastada por saúde. É emergencial, sim. Mas é também um lembrete de como nossos sistemas são frágeis. Basta um desfalque e já precisa correr atrás de solução. Que o projeto passe rápido — e que a criança que espera por cuidado receba mais que um contrato: receba atenção de verdade.

NA MESA II

Outro projeto quer mexer no Plano Diretor, mais especificamente nas faixas não edificáveis de um trecho da Avenida 15 de Novembro. A ideia é ajustar o recuo mínimo para 5 metros. Parece técnico, quase burocrático — mas urbanismo mal feito não perdoa. Se a gente não olhar agora, vai faltar espaço pra calçada, drenagem, árvore, respiro. E depois todo mundo vai se perguntar onde foi que erraram. É nessas horas que a cidade se desenha. Com régua, mas também com visão.

PODE SER?

O aluguel social emergencial — criado em maio por conta da calamidade — pode ser prorrogado. O novo projeto prevê que o benefício vá até 18 meses. É tempo? É. Mas nem todo mundo tem casa pra voltar. E se tem algo que a tragédia mostrou, foi como a vida de quem perdeu tudo demora a se reorganizar. Essa prorrogação é mais que justa: é dignidade mantida onde ainda há entulho e ausência. Que não falte empatia na hora de votar.

APROVA?

Também está em pauta a revisão do cálculo do adicional de insalubridade para os Auxiliares de Serviços Gerais. A proposta é que a base seja o menor salário do município. Nada além do justo. Quem pega no pesado, lida com risco, merece respeito — e salário que reconheça isso. Às vezes é nesses detalhes que a valorização começa.

PRESENÇA

As pautas desta terça apontam para a cidade que a gente quer viver. São decisões que, no papel, parecem pequenas, mas que moldam a rotina de muita gente. E é por isso que participar importa. Acompanhar importa. A cidade que funciona de verdade não é feita só de boas intenções: é feita de presença, de cobrança e de escuta ativa.

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