Nova Petrópolis: creches voltaram, crianças resistentes e imunidade coletiva

Raul Petry – colunistas@odiario.net

VOLTARAM

Ontem mais algumas creches voltaram a receber alunos, depois de quase um ano fechadas. O que parecia impossível há alguns meses agora é realidade. As crianças estão voltando de uma forma tranquila, sem resistências e, ao que tudo indica, com muita segurança também. As próximas semanas é que irão confirmar isso. Temos por base os municípios vizinhos onde as aulas voltaram antes, sem quaisquer relatos de aparição de doença entre as crianças.

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Está certo que a primeira escola de Nova Petrópolis que reabriu só está completando uma semana de aulas. Então vamos esperar. Mas as expectativas são as melhores possíveis. E diria mais. Em pouco tempo já vai ser possível pensar em uma ampliação, para atender ainda mais crianças nas creches.

MAIS RESISTENTES

Parece que as crianças realmente têm uma resistência maior a esse vírus. A propósito, ele tem algumas características que os cientistas ainda precisam esclarecer. Nas creches as crianças não estão usando máscaras. Nem se poderia imaginar crianças de dois anos, ou menos, deixando uma máscara por horas seguidas. Acho que qualquer tentativa nesse sentido só pioraria as coisas. Mas, mesmo assim, há pouquíssimos casos registrados entre os pequenos. Entre nós, adultos, a lógica e a prudência indicam que a máscara é muito necessária e aqui não se defende o abandono deste acessório. Pelo contrário. Mas o que protege as crianças?

SEM LÓGICA

Outra situação um tanto difícil de explicar: todos imaginavam que as festas de Natal e Ano Novo, com suas (in) consequentes aglomerações e falta de cuidados, levariam a uma explosão de novos casos da Covid-19, com ocupação total dos leitos de UTI e aumento expressivo no número de mortes. Convenhamos: as oportunidade para tanto foram dadas. Mas passados 25 dias, os números da pandemia não tiveram qualquer alteração significativa. A situação é grave? Com certeza é! Mas também já era em dezembro de 2020. Agora o que se fala é que a propagação gerada durante as festas pode levar a um repique e este sim seria muito mais grave. Os que pegaram o vírus na virada não foram tantos, mas depois teriam transmitido ele para muitos outros. Teme-se que a doença comece a manifestar sintomas graves entre estes. É ver para crer.

IMUNIDADE COLETIVA

Nova Petrópolis tem quase 1.200 pessoas curadas da Covid-19. Teoricamente, essas pessoas adquiriram imunidade e não transmitem mais o coronavírus. E podem ser mais, pois nem todos são testados. Some-se a eles as cerca de 500 pessoas que serão vacinadas com o primeiro lote. A imunidade coletiva começa a ser construída.

NOVO LOTE..

No primeiro lote de vacinas, da CoronaVac, a região da Serra Gaúcha recebeu 13.965 doses e, destas, 500 foram para Nova Petrópolis. Agora vem um lote da vacina de Oxford e a região deve ganhar 11 mil doses. Se for seguido o mesmo critério, serão mais 390 doses.