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Coluna Vovôfit

Vovôfit: O que leva alguém a fazer sacrifícios?

17/05/2021 - 06h15min

Atualizada em 17/05/2021 - 09h50min

Raul Petry – [email protected]

 

Vovôfit ensina: Realmente a pergunta é instigante.

 

Muitas pessoas fazem os mais diferentes sacrifícios em nome de várias coisas, uns mais outros menos difíceis. No meu caso, o sacrifício é menos doloroso, porque eu busco atingir a satisfação, o prazer em si, que ajuda a construir um estilo de vida que me satisfaz plenamente. Quando pulo da cama a caminhada do dia logo se descortina na minha mente e só penso nisso. No caso do fim de semana, caminhar mais ou menos 19 quilômetros, sem saber onde, qual caminho, se por estradas de interior, asfalto, trilha, ou mesmo dentro de rio. Realmente é instigador. Só se sabe onde será o ponto de encontro e em que cidade. O percurso é uma incógnita. Assim começa o dia em que se pratica uma atividade física que exige esforço, mas oferece muito mais do que esforço.

Pulando da cama no dia de mais uma caminhada, de pronto assusta, instiga, mexe ligeiramente com o emocional. No entanto, depois de alguns minutos, uma sensação de alívio físico e mental salta aos olhos e o aparente sacrifício de fazer 19 quilômetros a pé se transforma num misto de prazer e crescente expectativa para que o momento venha logo. Depois de meia hora já não existe mais sacrifício e medo à vista, e sim, momentos de prazer e pura emoção, só de pensar que lugares desconhecidos serão desbravados e o contato direto com a natureza compensa qualquer esforço. Ah, o que são 19 km de caminhada se as 4 horas e meia são feitas com imenso prazer e contentamento. Logo depois dos primeiros metros a realidade está ali, a cada passo que se dá as vezes rumo ao desconhecido. Bate um pequeno pânico. São 19 km para andar subindo e descendo ladeiras, morros, trilhas quase intransponíveis. Assusta mas reconforta.

O que leva cada vez mais pessoas a fazer isso, andar de bicicleta, correr maratonas, enfim, desafiar a própria capacidade de superação. A resposta todo mundo sabe, só que poucos fazem isso, mesmo sabendo que a saúde paga a conta. Ter estilo de vida, o peso ideal e o coração forte depende da mente, da escolha de um objetivo maior. Assim como você tem necessidade de dormir, comer, tomar água, a mente tem que dizer para você que é dia de atividade física além de dormir e comer. Caso contrário você vive uma vida toda com o complexo de culpa de não estar fazendo o que teu corpo e mente pedem a fim de viver cada vez mais e melhor. Sábado foram 19 km, no sábado anterior 30, e tudo é encarado da mesma forma, com coragem e disposição. A sensação do dever cumprido ao final de cada objetivo, seja nas estradas ou numa academia, compensa o maior dos esforços. Se você consegue encarnar este espírito, o resto é consequência.

Sábado em Nova Petrópolis enfrentamos 3 subidas muito fortes e longas em direção ao Ninho das Águias vindo do Vale do Caí. Quando faltavam 500 metros para chegar na Comunidade Católica no centro, a surpresa: Haviam três opções e todas iguais, 100 metros morro acima em ruas de aclive acentuado e asfaltadas. Era escolher qualquer uma e ir em frente. Para quem tem objetivos na vida não existe desafio.

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