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Coluna Vovôfit

Vovôfit: Porque poucos são persistentes

31/05/2021 - 06h05min

Atualizada em 31/05/2021 - 09h19min

Raul Petry – [email protected]

 

Esta é uma boa pergunta, mas cuja resposta não é das mais difíceis. Estou me referindo aos atletas de época, de momento, que tem só merosimpulsos. Alguém vai no médico numa semana e uma das receitas é se exercitar. Procurar uma atividade física para melhorar sua saúde. A recomendação: caminhar pelo menos meia hora por dia. A atividade aeróbica realmente melhora a capacidade cardiorrespiratória, ajuda a oxigenar melhor o cérebro, traz benefícios para quem tem problemas com a glicose descontrolada e por aí vai. A lista de benefícios é extensa.

O impulso é o passo seguinte: a pessoa resolve cumprir a receita médica e passa a ocupar os passeios públicos das ruas. Ou vai na academia. O problema é que a recomendação da atividade física não dura por muito tempo. Porque isto acontece? Geralmente quase ninguém cumpre à risca a determinação médica de se exercitar regularmente. Os remédios são tomados, porque é bem mais fácil do que se exercitar. Para 99% da população a recomendação de se exercitar vai para as calendas do esquecimento. Há o primeiro impulso, o desejo de cuidar da saúde e do corpo e a desistência logo depois. Outros conseguem levar adiante, mas não por muito tempo.

Vovôfit tem uma receita, mas é apenas uma receita. Fornece a pista para alguém que pensa em se exercitar mas a decisão é empurrada para a frente. O tempo passa e não se começa até que se esquece definitivamente. Vovôfit já enfrentou este problema por anos a fio. Ia na academia, mas não regularmente. Aos 50 anos resolveu participar de uma rústica de 8 km na sua cidade e gostou. Estava com problemas com a balança e uma nutricionista fez a parte dela. Era motivo de chacota por causa da horrível barriga. Logo os quilos a mais voltaram quando as recomendações da nutricionista foram esquecidas com o passar do tempo. Dos 10 quilos a menos 8 voltaram em um ano e a barriga também. Gostei da rústica e me empolguei. Resolvei ir na academia e me preparar melhor. Os 8 km da rústica foram judiados demais. Meio ano depois já estava correndo 10 km e depois 15. Vislumbrei a meia maratona de 21,2 km e encarei. Corri 13 delas até que tive problemas com os meniscos e a corrida teve que ser aposentada. Depois de duas cirurgias o médico disse que não dava mais. O lazer por viajar para vários lugares aliado a atividade física me fizeram bem. Tinha encontrado o equilíbrio entre trabalhar e a atividade física. A sentença foi quase um golpe de morte.

No entanto, os 2 anos em que corri meias maratonas, me deram uma lição. Continuar era preciso. Continuei indo na academia mas irregularmente. Não voltei mais a ser o mesmo, não tive mais a empolgação daqueles 2 anos. Precisava fazer alguma coisa. No entanto, não sabia o que. Até que tomei uma decisão e aqui estou hoje. Conto outro dia o que aconteceu.

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