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Coluna Vovôfit

Vovôfit365 – 07/11/2022

07/11/2022 - 08h09min

Atualizada em 07/11/2022 - 08h09min

60 km entre sol, madrugada fria e chuva congelada

Fazia tempo que combinamos uma caminhada ao redor de 60 km. Por fim marcamos ela para o dia 31, à meia-noite, para evitar o calor. Aconteceu o contrário. Quase morremos de frio. Não consigo caminhar com luvas, muito menos com as mãos no bolso. Fez frio na segunda-feira, mas pior que o frio foi a chuva. Choveu muito na segunda durante todo o dia. No entanto, a previsão era de que parasse às 10 da noite. Quando saí de Ivoti parou de chover. No entanto, ao chegar em Nova Petrópolis, caía uma chuvinha fininha, dessas que não precisa nem usar o guarda-chuva. Jantamos na casa do Francis e à meia-noite saímos. A chuvinha fina continuava. Fomos obrigados a usar o guarda-chuva não porque fosse molhada. Ela era simplesmente congelante. A temperatura estava em 4 graus. Quando aquela chuva parou 3 horas depois começou a ventar. Não sei o que foi pior. Descobrimos só no outro dia que enfrentamos a tal da chuva congelada. Nunca tinha visto coisa parecida. Lá pelas tantas, tirei o gorro e deixei a careca a descoberto. Não aguentei 5 minutos. A minha careca congelou com aquela chuvinha. Sinceramente, se alguém da polícia ou da área da saúde descobre nós caminhando de madrugada nestas condições, teria recolhido todo mundo e mandado direto para o Pinel.

O erro foi traçar o roteiro em Nova Petrópolis e na região de mais morros. Ela é mais bonita, mas ninguém aguenta subir montanhas inteiras num total de 6 que foram de tirar o fôlego. Eu levanto todos os dias as 4 da manhã. Meu dia na segunda foi de trabalho normal e fui caminhar 60 km direto, sem dormir. É claro que estava no bagaço ao amanhecer virando a noite sem dormir. Mesmo assim, terminamos o trecho de 63 km lá pelas 3 da tarde. Quando não era morro acima era morro abaixo. Na madrugada não vimos nada. Entretanto, de dia a paisagem compensou o esforço. A gente vê tanta coisa bonita, que se esquece completamente das cruezas do dia a dia. É claro que é duro, dói tudo, dos pés a cabeça. Sabemos que é assim e vamos em frente como um desígnio natural cujas adversidades precisam ser vencidas, não importa quais sejam.

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