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Um dos grandes males do Brasil é a burocracia

29/03/2018 - 11h00min

Um dos grandes males do Brasil é a burocracia, que, de uma forma ou de outra, tomou conta de tudo, desde o governo federal, passando pelos estados, e chegou com força nas Prefeituras. Daí foi para tudo que é instituição pública. As universidades federais são antros de burocratas, dominadas principalmente por um pensamento atrasado, retrógrado, que se fortaleceu ainda mais com o aparelhamento do Estado que aconteceu neste século com força depois que a esquerda assumiu o governo federal. A exigência do concurso público foi a ferramenta que faltava para que a burocracia se espalhasse por todo o território nacional. E a quase proibição de demitir funcionários públicos com a estabilidade foi a pá de cal na eficiência no serviço público. Daí se formaram redes de proteção, uns ajudando os outros, para que a burocracia tivesse vida duradoura e sem ameaças de quebrar a fortaleza. A sociedade hoje em dia está literalmente nas mãos da burocracia e só lhe resta dizer amém. É evidente que isto não pode continuar porque a ascensão deste modelo de governança quebrou o governo em todas as instâncias. Tudo que passou a se fazer com um sentido serviu para outro. Por exemplo, o estabelecimento do teto de gastos com o funcionalismo em 54% da receita, serviu para que a burocracia forçasse o jogo e o estado brasileiro, aqui compreendido por tudo que é público, puxou a despesa para este teto. Com o jeitinho, o teto foi furado. Por exemplo, não se coloca aí o vale-refeição, tampouco a contribuição para os fundos de aposentadoria milionários. Vai a 60/70% na prática.

CONCURSO

O concurso público não é em si um mal. É uma bela ferramenta de escolher os melhores. Não é nada mais nada menos o que todas as empresas privadas fazem. Elas escolhem os melhores quando contratam pessoal. Mas com o advento da famigerada estabilidade, o concurso público passou a ser um objeto de desejo da maioria dos brasileiros. A partir daí, o sujeito passa a fazer parte da burocracia. Ele é o rei e a sociedade os escravos. Este é o Brasil em que vivemos hoje. Os verdadeiros escravos é toda a sociedade, submetida às vontades da burocracia. No meio estão os políticos, que são que nem sabonete, lisos e fazendo de conta que nada é com eles. Poucos se escapam. Aqui em Ivoti sentimos na carne o terror que é a burocracia e a rede de proteções em torno dela. A sociedade toda está à sua mercê, principalmente quem quer empreender, gerar impostos, riqueza e salários. Paradoxalmente, são os negócios, levados adiante por empregados e empregadores da sociedade, que sustentam os burocratas. Os escravos trabalhando para os nababos. O município de Ivoti parou, porque o pêndulo (prefeitos) entre a burocracia e a sociedade foi omisso e deixou chegar a este ponto. Por mais que o sujeito queira trabalhar, montar um negócio, ele não consegue ou, quando consegue, é com muita incomodação e perda de tempo. E negócios muitas vezes não podem esperar.

INTERIOR

Todo o interior foi infestado pela desgraça do estado brasileiro. Aqui em Ivoti foi criada uma empresa para gerir a água. Vocês sabem qual é a maior preocupação do prefeito com ela depois de 5 anos de existência. Arrumar espaço para acomodar os seus funcionários. É tanta gente que não cabem mais onde estavam. Empresários estabelecidos aqui vão embora e novos não vêm. Quando vêm, logo se arrependem. O quadro é grave e o prefeito precisa de ajuda para enfrentar a situação que se criou. Ele tem uma grande ferramenta para dar as regras do jogo: o voto que recebeu na urna da população.

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