Colunistas
A Petrobras perde feio
Eis aí uma categoria que pode parar o País. É ruim para todo mundo a vida no Brasil, não só para os caminhoneiros. Eles são apenas um elo desta corrente que é a população de um País. Nós aqui fora estamos acuados diante da ferocidade do estado brasileiro em querer arrecadar a qualquer custo. Ninguém aguenta mais. Os caminhoneiros estão fazendo a paralisação em ato de desespero. Eles não conseguem mais sobreviver com o aumento dos custos e a falta de repasse para os preços dos fretes. As empresas que pagam os fretes também estão esgoeladas, tendo que pagar uma fortuna em impostos que têm retorno duvidoso ou nenhum. O estado brasileiro virou um elefante insaciável, que só pensa em arrecadar a qualquer preço para sustentar entre outras coisas os privilégios que imperam dentro do aparelho do estado. Se sobrar alguma coisa, devolva para a população em forma de serviço. Se não sobrar nada, não se devolve nada. O estado brasileiro consome tudo que arrecada. Quando falta dinheiro, o pior é que não são cortadas despesas desnecessárias. Na hora de faltar dinheiro o que é cortado primeiro são os investimentos. Ou seja, os recursos que retornam para a população em forma de serviços. É um círculo vicioso terrível, que não deixa o País crescer. Avança e recua, avança e recua.
PETROBRAS
Os caminhoneiros estão cobertos de razão ao paralisar. O noticiário nos últimos anos foi farto em divulgar o saque que os partidos fizeram na Petrobras. Praticamente acabaram com a empresa. Roubaram tudo que puderam. Agora que é preciso recuperar a Petrobras, sobrou para o povo de novo. Corrigem-se preços com uma determinação insaciável. Como na cobrança de impostos, a Petrobras aumenta a gasolina. Se for preciso aumenta-se todos os dias. A desculpa é muito boa, o acompanhamento dos preços internacionais. Por que, então, a gasolina nos outros países está muito mais barata?
R$ 2,76
Nos Estados Unidos, por exemplo, ela custa R$ 2,76. Ali vigora a liberdade total de preços, oferta e procura. Este é o preço justo, que o mercado estipula. Não o de uma empresa que precisa urgente de um corte de custos como o próprio estado brasileiro. A Petrobras tem os mesmos defeitos do estado (União, Estados, Municípios). Só que isto nunca ninguém fala. Se comparada com outras do gênero espalhadas pelo mundo do mesmo tamanho ou maiores, a Petrobras perde feio. É ineficiente e tem custos elevadíssimos. Tudo isto se reflete nos preços. Junte-se a isso a necessidade de recuperar a empresa depois do saque que sofreu dos políticos. E junte-se a isto, ainda, os impostos embutidos no preço da gasolina. Metade são impostos. Isto não existe em nenhum país do mundo.
ICMS
Vocês se lembram que há 2 anos Sartori aumentou de 25 para 30% a alíquota de ICMS sobre os combustíveis. Este aumento está embutido no preço. Um povo que não aguenta mais pagar tanto imposto, ainda tem que contribuir desta forma na tentativa de sanear o Estado. Isto é a mesma coisa que jogar o dinheiro do povo no lixo. Ninguém põe dinheiro bom numa empresa falida. No livre mercado tem que deixar falir. Com o Rio Grande do Sul deveriam ter deixado quebrar de uma vez. Só assim os políticos seriam forçados a cortar despesas. Agora os caminhões estão aí, parados, com motoristas desesperados, que não conseguem mais sobreviver com o seu trabalho. Tudo para garantir, entre outras coisas, privilégios inconcebíveis que continuam e se expandem cada vez mais.