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A saúde é uma verdadeira massaroca

19/11/2018 - 11h00min

Muitos tem me perguntado porque não se vê mais obras do deputado Renato Molling por Ivoti, já que ele é do mesmo partido que governa Ivoti desde que Maria ganhou a eleição em 2016. Depois dela assumiu Martin Kalkmann do mesmo partido. Realmente faz tempo que não se vê Renato Molling comparecendo numa inaguração de obra sua. Que me lembre o centro da cidade, que ganhou passeio público novo, foi feito com recursos seus. Mas de dinheiro que está perdido por aí desde 2012 por aí. Esta é a pergunta que não quer calar.

MUDANÇA

Com a mudança de governo e de tantas coisas que se pretende mudar em Brasília, uma delas poderia ser justamente a destinação de recursos por parte dos deputados federais e senadores à rodo. Trata-se de uma verdadeira festa. Todos nós devemos ser contra esta prática, embora beneficie os municípios. Mesmo assim, tratra-se de uma prática abjeta, que cheira mal e que não é atribuição de parlamentar. Deputado foi eleito para legislar e fiscalizar o Executivo e não para ser uma espécie de gerente de obras dos municípios em que todos eles se transformaram. A coisa chegou a tal ponto que cada deputado federal tem hoje à disposição 15 milhões para distribuiir pelos municípios afora. São 60 milhões durante o mandato.

SAÚDE

A coisa chegou a tal ponto que muitas obras que são feitas nos municípios acabam sendo inúteis. É que grande parte dos recursos tem que ser distribuídos obrigatoriamente para a área de saúde e educação. Vamos lá: grande parte dos municípios estão com postos de saúde, por exemplo, prontos, mas não são inaugurados e tampouco começam a funcionar. Isto porque, para colocar um posto em funcionamento, os municípios tem um gasto mensal bastante elevado. Aí ficam postergando o início em operação da unidade. Isto aconteceu em Ivoti no posto de saúde que foi feito no bairro Concórdia. Ele estava pronto, com placa de inaugurção e tudo, só que estava com as portas fechadas. Entrou em operação para não ficar feio, mas sem necessidade alguma. Seria muito mais barato se o município transportasse os usuários do posto para o Pronto Atendimento do centro, que tem ociosidade e poderia muito bem atender toda a população do bairro Concórdia.

ÍNDIO

A confusão que reina no serviço público no Brasil é tanta, que o certo era apagar tudo e começar do zero. Como isto não é possível, o negócio é ir melhorando aos poucos. Se melhorar aos poucos já estamos no lucro, porque hoje acontece o contrário. Estamos piorando aos poucos. A saúde é uma verdadeira massaroca, onde as três unidades da Federação se confundem. É coisa de índio mesmo. Voltando ao assunto repasse de verbas de deputados. Se Bolsonaro cumprir o que prometeu de aumentar o percentual de participação dos Estados e Municípios no bolo total, não é necessário esta excressência de deputado virar secretário de Obras dos municípios por aí. Cada um tem que ficar no seu papel. Os deputados tem mais o que fazer em Brasília. Para melhorar o Brasil tudo passa por eles. Sem a aprovação das leis por eles não teremos mudanças no país.

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