Colunistas
A validade foi estendida de um para 5 anos
Quando o município de Ivoti foi criado não havia mais de 50 funcionários durante a primeira legislatura. Tinha, na época, em 1964, 3.000 habitantes aproximadamente. Dividindo o total da população pelo número de funcionários da Prefeitura, chega-se a 1,6% da população trabalhando na Prefeitura. Na época Lindolfo Collor e Presidente Lucena pertenciam a Ivoti. Se calcularmos hoje o percentual de funcionários pelo número de habitantes chegamos a 4% da população trabalhando na Prefeitura. O extraordinário inchaço é um dos dados que explica o preço dos combustíveis no Brasil. Como tudo que é produto, os combustíveis estão atolados de impostos. O inchaço que aconteceu nos municípios, pode-se multiplicar por 2 na União e nos Estados. Daí para mais. Enfim, em todos os órgãos públicos espalhados por este país se contrataram 3 pessoas quando a necessidade era um. O processo de inchaço da coisa pública se acentuou a partir da redemocratização do país e da promulgação da Constituição em 1988. Na época se chamavam incorporações de funcionários que entraram pela porta dos fundos de “trenzinhos da alegria”.
A cada vagão de trem lotado de gente que passou a se contratar aumentava-se um pouco os impostos até chegarmos na situação em que nos encontramos hoje. O Brasil está inviabilizado.
RUINS
Aqui em Ivoti o processo de inchaço da máquina pública se acentuou porque tivemos prefeitos muito ruins nos últimos 30 anos. Eles não tem a menor ideia do que é fazer gestão. Assim como em todas as empresas, se o prefeito não se preocupar com as despesas, quem vai fazê-lo no seu lugar. A grande missão do atual prefeito, que foi eleito pelo povo para fazer as mudanças que Ivoti precisa, é fazer gestão. Ele não pode se preocupar em querer ser bonzinho com os funcionários. Ele tem que fazer as coisas certas, independente de questões políticas. Neste sentido o atual prefeito está se saindo muito bem. A população precisa saber disso. Ivoti terminou os últimos quatro anos gastando mais do que arrecadou. Isto que a arrecadação só tem subido, mesmo no auge da maior recessão que o Brasil já teve. É que os impostos são tantos e a máquina administrativa se aperfeiçoou tanto quando se trata de cobrar, que o valor dos impostos só tem subido. Voltando ao atual prefeito. Tem um ditado que diz que de grão em grão a galinha enche o papo. O atual prefeito está acertando as coisas aos poucos, cortando aqui e ali, mas no final do mandato será uma administração de luxo se continuar no mesmo ritmo de hoje até lá.
IDOSOS
Nos últimos 30 anos nossos prefeitos foram tão ruins que não resolviam nada. Nem os problemas grandes, tampouco os pequenos. As pessoas acima de 60 anos tem algumas regalias como estacionamento privilegiado, “furar filas em bancos” e por aí vai. Mas, para tanto, tem que fazer uma carteirinha que a Prefeitura expede. Até semana passada, a carteirinha tinha validade para um ano. Pergunta-se: porque só um ano e não cinco? Numa das Panelas de Pressão do ano passado fiz esta pergunta. Pois bem, desde semana passada, os idosos não precisam ir na Prefeitura todos os anos renovar a sua carteirinha. A sua validade foi estendida para 5 anos e não mais apenas um. O prefeito tem que ser muito ruim para castigar os idosos desta maneira. O atual prefeito ganhou mais pontos no conceito da população. São estas coisas pequenas que transformam o Brasil no país mais complicado do mundo.