Aceito o obrigado, mas vamos continuar

Recebi um obrigado de um morador do Rincão dos Ilhéus na quinta-feira. Ele havia entrado em contato comigo por conta de um problema com a Corsan – um vazamento e faltas constantes de abastecimento – e, segundo ele, após a reportagem, as situações foram resolvidas e controladas. Faço meu trabalho, apenas, mas aceito os agradecimentos. Não acho que estatais como a Corsan e tantas outras precisem sempre de um empurrão para resolver as demandas da população, mas não é algo ruim fazer alguns lembretes. Há tantas demandas que precisam de atenção e, por conta disso, se faz tão necessário que as coisas sejam sempre bem pensadas. Estamos falando de uma cidade de mais de 40 mil habitantes, problemas vão acontecer, começar, se desenvolver e, por vezes, demorar para ter uma real solução. No fim, é esperar pelo melhor de cada empresa que tem o dever de nos entregar os serviços pelos quais pagamos.

AS AJUDAS

Tenho acompanhado duas vaquinhas online. Uma para ajudar a pequena Thayla que precisa de uma cirurgia até fevereiro. O valor de R$ 80 mil está com 10% arrecadado, ainda falta muito, de fato, mas já é um bom valor e com as demais ações que estão sendo feitas, acredito que o valor vai ser alcançado. A outra é das meninas do colégio Anita que querem ir para Abu Dhabi levar o nome da cidade e seu projeto do Minhocário, lá, ainda não nada foi doado. Elas têm buscado diversas formas de arrecadar o dinheiro que precisam para viajar. Onde quero chegar com isso? Estamos falando de saúde e educação, dois direitos básicos, mas que essas pessoas precisam fazer das tripas coração para poder conseguir o que precisam. São casos especiais? Talvez, mas ainda assim. Falamos de um país onde se investe muito dinheiro em diversas coisas que, nem sempre, são realmente necessárias e têm como único objetivo agradar alguém aqui ou ali. Não devíamos estar olhando para as reais necessidades?

COMO AJUDAR?

Não falando especificamente destes dois casos, mas de um contexto geral, temos a oportunidade de apoiar de outras formas, outras pessoas que precisam. Como mencionei na coluna de semana passada, as cartinhas das crianças ao Papai Noel estão disponíveis para serem retiradas e os presentes dados aos pequenos. São atitudes pequenas e de grande importância, não é necessário doar R$ 24 mil para que um grupo de estudantes possam apresentar se projeto, mas há diversas formas de apoiar quem precisa de apoio. Nos atemos a grandes causas e grandes ajudas, mas as pequenas atitudes também ajudam bastante, basta começar.

PROBLEMAS

Recebi um e-mail onde uma moradora relata mais um problema na cidade, próximo a sua casa. Tem se tornado tão frequente e não deveria. Claro que sempre vai ter um problema aqui ou ali, mas não deveriam as pessoas ter de ficar reclamando por semanas até que algo fosse feito. Prioridades, como sempre falo, devem ser estabelecidas às vezes. E, acreditem, deve ser sempre o povo.