Colunistas
As pessoas às vezes mudam de ideia
Sempre fui contra a cobrança de estacionamento pago no centro, mas começo a mudar de ideia. Uma pergunta que logo salta a cabeça. Quantos veículos dos que estacionam na Av.Presidente Lucena realmente são de pessoas que transitam pela cidade atrás de negócios. Ou vem no laboratório, ou vão na farmácia ou comércio em geral. São dessas pessoas que o centro vive. Se ela não tem como chegar com certa facilidade ao local, são capazes de deixar de fazer negócios no centro e seguir viagem. Muitas dessas pessoas não querem estacionar a duas quadras da Av.Presidente Lucena e caminhar 100 metros. Elas se acham no direito de estacionar bem perto da loja por exemplo. Mas aí encontram uma barreira. Não há lugar para estacionar na avenida.
PORQUE
Numa cidade da região chegaram a conclusão de que 80% dos veículos estacionados nas ruas do centro eram de funcionários dos estabelecimentos e até de donos dos negócios. Portanto, o carro fica ali estacionado o dia inteiro tirando as vagas das pessoas que fazem o vaivém. Falta um mínimo de sensibilidade para todo mundo. Se todo mundo está ali a trabalho é preciso clientes para fazer negócios. Elas nem se dão conta de que espantam os clientes porque tiram as vagas deles. Alguns donos até tentam fazer com que os funcionários estacionem seus veículos a 50 metros da Av.Presidente Lucena. Esta tentativa é infrutífera porque eles atendem o pedido, mas assim que passar algumas semanas estão de volta de novo ao conforto de caminhar apenas 20 metros até o local de trabalho. Não querem caminhar 100 metros.
COBRANÇA
Daí chego a conclusão de que precisamos cobrar para estacionar no centro. Deixar livre por um tempo máximo de uma hora por exemplo e, a partir dali, cobrar para estacionar. Nova Petrópolis tomou esta providência e os municípios maiores fazem o mesmo há muito tempo. Talvez o ideal seria fazer como um Santa Cruz do Sul, onde o Consepro é responsável pela cobrança. Precisamos realmente seguir os bons exemplos.
MAU EXEMPLO
Aqui no centro de Ivoti não se distingue ninguém. Os funcionários da Prefeitura, por exemplo, deixam o carro o tempo todo estacionado nas ruas adjacentes à Prefeitura, tirando as vagas dos visitantes. Por falta de bom senso todos temos que pagar pela insensibilidade. Mas que o dinheiro arrecadado pelo menos vá para uma entidade da área da segurança. É uma decisão difícil de ser tomada porque há prós e contras. Afinal, para implantar um sistema que funcione há custos envolvidos e não são poucos. Pelo menos está na hora de começarmos a pensar no assunto.
CANDIDATO
A ex-prefeita Maria está com todo o seu tempo tomado com a política. Ela tem a intenção de ter por trás de si um partido competitivo, com um grande número de filiados e um candidato mais competitivo ainda. Este é o grande problema. Interessados não faltam. O problema é o candidato ser bom. Com relação a situação, o atual prefeito não sabe ainda se concorrerá. Ser prefeito hoje em dia é quase um inferno por um lado. O sujeito tem que se cercar de um bom advogado só para dizer o que pode e o que não pode fazer. No fundo, os políticos são vítimas das armadilhas que eles próprios fizeram. O problema é que só os pequenos pagam a conta. Em Lindolfo, querem caçar o prefeito só porque gastou 60% com a folha de pagamento. O governo do Estado gasta 90% e não acontece nada.