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Coluna Nova Petrópolis

Cadê a educação, o capricho e a vergonha na cara?

29/03/2019 - 11h00min

Atualizada em 29/03/2019 - 14h05min

O nosso comportamento enquanto sociedade é mesmo decepcionante. Semana passada a equipe da Gincana Municipal da qual participo promoveu um ato de recolhimento de lixo em uma área verde no bairro Piá. A ação ambiental aconteceu em função do Dia Mundial da Água, em 22 de março, e aquele mato foi escolhido por abrigar um córrego que depois atravessa o bairro inteiro. Em pouco mais de duas horas foram recolhidos oito sacos grandes cheios de lixo, totalizando em torno de 300 quilos. Isso tudo em uma pequena parte dessa área verde. Ainda ficou muito mais por ser recolhido. Praticamente tudo o que existe em uma casa, e que portanto pode se transformar em lixo, é encontrado naquele lugar. De um pinico velho a um rádio novo, ainda dentro da caixa.

DECEPÇÃO

Nova Petrópolis é uma ótima cidade e isso significa que suas pessoas têm qualidades. Mas onde estão a educação, o capricho e a vergonha na cara em situações como esta? Infelizmente existem nova-petropolitanos que transforam um mato em lata de lixo, como foi constatado pela equipe na semana passada. Mas o pior, o que é realmente decepcionante, é passar neste lugar menos de uma semana depois e constatar que já tinha lixo novo atirado lá. Mais precisamente, alguns restos de móveis e uma sacola de mercado cheia de lixo. Onde vamos parar desse jeito?

ONDE VAMOS PARAR?

Uma cidade que gasta quase R$ 2 milhões por ano com recolhimento de lixo não pode ter uma situação como esta do bairro Piá. E olha que este é só um exemplo entre tantos outros que devem existir. Eu diria que é só por meio de medidas drásticas que se muda uma situação como essa. Há alguns anos circularam notícias de municípios que criaram leis para multar quem jogasse lixo no chão. Talvez seja por aí. Nem é tanto pelos R$ 2 milhões pagos à empresa do caminhão de lixo. É pela obrigação que cada um de nós tem de manter a cidade limpa.

VEREADORES SEM MEMÓRIA

Kátia Zummach (PSDB) entrou em contato comigo para ressaltar que está de licença médica e que por isso não participou da sessão de segunda-feira, 25. Ela concorda que a Câmara falhou ao não tentar esclarecer as diferenças nos números oficiais relacionados à violência contra mulheres em Nova Petrópolis, como exposto aqui na coluna quarta-feira. Foi para isso, para esclarecer as diferenças nos números, que os vereadores tiveram a ideia de convocar as autoridades policiais para a sessão. Só que depois esqueceram de perguntar. Fora esses detalhes, a vereadora licenciada chama a atenção para os números apresentados pela Polícia Civil, segundo os quais houve nove casos de violência contra mulheres com pedidos de medidas protetivas no mês de março em Nova Petrópolis. Questionada sobre futuras ações para dar prosseguimento ao tema, para que tudo não fique limitado às reações de repúdio depois da fala de Claudio Gottschalk (PDT), Katia comentou que está fazendo contatos para instalar um grupo de apoio em Nova Petrópolis. Ela está se inspirando no projeto “Help Me”, formado por advogados, psicólogos e assistentes sociais mulheres, crianças e seus familiares gratuitamente de todo tipo de violência.

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