Chorar de barriga cheia pode dar dor de estômago

Viver com menos de R$ 1 mil por mês, hoje em dia, parece uma situação complicada. Com contas de luz, água e o gás subindo, aluguéis caros, mantimentos caros, conseguir passar 30 dias com um valor baixo como o de um salário-mínimo parece impossível. No entanto, muitas pessoas vivem nesta situação. Não são poucas as pessoas que precisam fazer malabarismo, pegar bicos, dormir pouco, trabalhar muito, apenas para que não falte nada em casa e, mesmo assim, na maioria das vezes falta. É uma situação complicada e que nos faz repensar nossas reclamações diárias. Muitos de nós vivem com bem mais do que um salário-mínimo mensal, muitos de nós vivem com esse valor triplicado, quadruplicado, e ainda assim encontramos motivos para reclamar da vida. Às vezes é bom se colocar no lugar do outro e entender que somos privilegiados por não precisarmos “vender o almoço para comer a janta”. Às vezes chorar de barriga cheia pode causar um grande dor de estômago.

CUIDADOS

Ontem falei sobre o terreno baldio que tem gerado sujeira e reclamações no Rincão dos Ilhéus. A situação incomoda os moradores e gera questionamentos. Não só a Prefeitura é responsável pela limpeza da cidade, mas donos de áreas no município também – inclusive muito mais quando é uma área privada. A verdade é que se a população não tiver voz de fiscalização e não fazer seus direitos valerem de nada adianta a Administração Pública intervir. É necessário que as pessoas se conscientizem de seu papel dentro da comunidade e o quanto isso afeta vizinhos e, também, suas próprias vidas. Não vivemos isolados e por conta disso é importante que as pessoas tenham cuidado e zelo pelo espaço do outro, afinal, todos temos os mesmos direitos perante a sociedade e no momento que você usa os seus ignorando os dos demais, estamos acabando com os principais pilares de uma sociedade correta e próspera.

RECURSOS

Ontem, dia 1º de agosto, a humanidade esgotou os recursos do planeta. Conhecido como o Dia da Sobrecarga, esta data marca o consumo de todos os recursos naturais que o mundo foi capaz de produzir em 2018. A partir de agora, serão 5 meses em dívida, e a conta vai aumentando a cada ano. O dia 1º de agosto é o momento mais cedo registrado desde que se iniciou a contagem desse dia. Nós conseguimos acabar com nosso futuro. Falo disso, pois em minhas andanças pela cidade já vi muito desperdício. De água, de comida, de luz, de recursos. Não estamos fazendo nossa parte, nós fizemos o contrário do que deveríamos fazer. Reclamamos, diariamente, da falta disso, da ausência daquilo e não estamos nos dando conta de que os culpados para isso somos nós mesmos. O futuro chegou ao fim, estamos em dívida com o planeta e dívidas que não podem ser saldadas tendem a crescer. É triste, mas é real. Não fizemos nossa parte e, agora, podemos ainda ter tempo para nós, mas e as futuras gerações? Egoístas, não pensamos em quem fica.