Coluna Nova Petrópolis

Nova Petrópolis

28/02/2018 - 08h52min

Atualizada em 14/03/2018 - 13h37min

POSIÇÕES

Diversos comentários voltados ao ocorrido na noite de sexta-feira, 23, seguem sendo assunto no município. E não seria para menos, justamente quando atinge uma pessoa pública, e no caso, política. A análise que podemos fazer, e que penso ser a mais clara para partir de uma opinião, é que sim, poderia ser qualquer um. Mas foi o vereador João Paulo Viana, do PSB. Um representante do povo, da comunidade, do município.

Como vimos na mídia estadual e além, o fato de um acidente de trânsito chamar tanto os holofotes é infelizmente pela lamentável forma como as coisas aconteceram. De todos os males, o menor é de que ninguém saiu gravemente ferido da situação. Dirigir alcoolizado é uma realidade que ninguém deveria achar, “normal”, ainda mais por aquele que deveria dar o exemplo. Não que o político seja um santo, mas em uma cidade com um pouco mais de 20 mil habitantes, é algo que dificilmente deixará de ser lembrado.

O vereador teve o azar de se envolver em um acidente, mas o risco foi assumido, bem antes de qualquer coisa acontecer. Poderia não ter acontecido nada, mas aconteceu.

Quando um representante do povo comete um erro desses, como o próprio fez questão de ressaltar, o que pensamos é, “ele é responsável por criar as leis, logo infringiu uma”. O que sobra para nós?

DEFESA E ACUSAÇÃO

Não se trata de julgamento. João já foi preso por conta do fato e já conquistou seu direito de liberdade. Em diferentes opiniões, há os que o defendem e os que o acusam. Mas não se trata de acusar o João e, sim, analisar o ato de um vereador.

É fácil criticarmos os políticos à nível nacional quanto à corrupção que ocorre pelo país à fora, principalmente com o cenário em Brasília. Muitas vezes, na própria tribuna da Câmara, diversos vereadores comentaram sobre o lamentável cenário político do país. Mas quando algo ocorre embaixo do nosso nariz, devemos achar que foi algo normal? Por que aqui pode? Novamente repito, poderia ser qualquer outro político, vereador, etc. Não se trata por ser o vereador do PSB, ou ser o vereador João Paulo. Não é pessoalizado, é público.

Devemos ter um olhar crítico no que costumamos cobrar dos filhos, dos alunos, dos pais, dos professores, de nós mesmos, do país e, com isso, lembrar que às vezes nem nos damos conta de que não paramos para analisar a situação de uma forma pontual. Eu me questiono: e se alguém tivesse sofrido uma fratura mais grave? Risco de vida, até mesmo a morte. Seria algo normal?

Nós pagamos pela representatividade que o vereador exerce dentro e fora da Câmara de Vereadores e, seja qualquer um deles, esperamos que no mínimo eles tenham consciência do que é ser o representante do povo. A começar por eles conhecerem as leis que nos regem e a respeitá-las, pois a única diferença entre nós e eles é que nós os colocamos lá para nos “defender” daquilo que como por exemplo, aconteceu sexta-feira.

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