Coluna Nova Petrópolis
Coluna de Nova Petrópolis – 28/07/2025
Por Anna Bezerra
IDENTIDADE
Você esteve lá? Talvez tenha passado pela Rua Coberta e se encantado com as cores, ou parado por alguns minutos diante de um grupo folclórico vindo de longe. Talvez tenha se deixado ficar. Porque o Festival do Folclore tem esse poder: de fazer a gente parar — não por inércia, mas por reverência.
ESSÊNCIA
Na sexta-feira, a cidade respirou pluralidade. Vieram sotaques do Chile, da Argentina, do Rio Grande do Norte, da Bahia… mas o que ficou foi mais do que o som das vozes. Ficou o gesto, o riso, o laço. Cada apresentação foi um convite para sentar à mesa da cultura e saborear a diversidade como um prato principal. Não se tratava de espetáculo — era convivência.
RAÍZES
Foi no sábado à tarde, às 14h, no Parque Aldeia do Imigrante, que as tradições ganharam corpo com os Jogos Germânicos. Adultos voltaram a ser crianças e crianças aprenderam, brincando, o valor da cultura. Cada prova misturava suor, riso e uma dose generosa de memória afetiva. E o mais bonito: não era só quem competia que se emocionava, era quem assistia também. O público vibrava, aplaudia e se sentia parte. Os jogos não são apenas uma atração — são um elo vivo com os imigrantes que construíram a história desta terra.
RESISTÊNCIA
Na mesma manhã, a Biblioteca Pública se transformou em espaço de escuta, afeto e verdade. No Sarau da Diversidade, o grupo ucraniano Solovey, de Canoas, levou mais do que dança. Levou sentimento. Falou com o corpo, com os olhos, com a voz. Foi bonito. Foi forte. Mostrou que a cultura também é escudo e que a arte, quando é feita com alma, emociona — sem pedir licença.
CELEBRAÇÃO
Domingo começou com a Celebração da Vida, da Paz e da Diversidade, seguiu com a emoção da Orquestra Jovem de Nova Petrópolis, e ganhou ritmo com os grupos da Amazônia, da Polônia e das infâncias locais. A cidade dançava. Mesmo quem não sabia os passos, entrava no compasso do sentimento.
ACOLHIMENTO
É por tudo isso e muito mais, que Nova Petrópolis recebeu, com justiça, o título de cidade mais acolhedora do Rio Grande do Sul. A cada abraço dado, a cada visitante bem recebido, a cada grupo folclórico tratado como parte da casa, esse reconhecimento se torna visível. E quem lidera esse espírito coletivo é o prefeito Daniel Michaelsen, que tem conduzido a cidade com sensibilidade e firmeza, unindo tradição e cuidado com as pessoas.
CONTINUIDADE
E o melhor é saber que ainda não acabou. O 52º Festival Internacional de Folclore de Nova Petrópolis segue até o dia 3 de agosto, com uma programação intensa e cheia de encontros. Ainda há tempo de sentir, viver, dançar e se emocionar. Porque o folclore é isso: uma festa que começa no palco, mas termina dentro da gente.
