Colunistas
Panela de Pressão
BRASÍLIA
Martin em Brasília de novo. Soube que será uma viagem relâmpago de um dia ou no máximo dois. Me assustei a princípio, mas a causa é nobre. Foram três prefeitos para resolver um problema muito sério que afeta alguns municípios do Vale do Sinos. Os prefeitos vão falar diretamente com o ministro da Saúde. O problema para Ivoti começou em 2013, quando o então prefeito Arnaldo Kney assinou a transferência do atendimento para pacientes de câncer com o Hospital Regina. Até então eram usados todos os hospitais de Porto Alegre com muito mais estrutura.
REGINA
São vários municípios que fizeram a mesma coisa, como Dois Irmãos, Novo Hamburgo, Estância Velha, Dois Irmãos, Morro Reuter. O que aconteceu na prática? Eles não são mais atendidos em Porto Alegre, onde a estrutura é muito maior e mais rápido. Tudo tem que ser no Hospital Regina. Acontece que a verba que é repassada para o Hospital Regina é insuficiente para atender todo mundo, mesmo porque o grosso do atendimento fica para Novo Hamburgo. Os municípios da periferia ficam para trás. O assunto é tão sério que os pacientes estão aumentando a cada mês. E são pacientes de câncer que precisam atendimento urgente. O Hospital Regina simplesmente informa que o dinheiro repassado não é suficiente para todos os atendimentos. E que depende do SUS, não tem alternativa. Este episódio tem que ser resolvido, sob pena de nossas autoridades da área cometerem alguma coisa que não dá para escrever aqui, mas todo mundo pode imaginar. Pessoas com diagnóstico de câncer não podem esperar por verba.
ERRO
O novo prefeito alega que foi um erro crasso a administração passada assinar convênio com o Hospital Regina e abrir mão de Porto Alegre. Toda a estrutura está na capital. Porto Alegre recebe o grosso dos recursos para atendimentos especializados e não dá para sair da capital. Hoje Ivoti está de mãos atadas e não pode fazer nada. O Hospital Regina não atende e, em Porto Alegre, Ivoti não está credenciada. A administração passada podia ter tido a melhor das intenções, mas deu um tiro no próprio pé que pode e já deve estar custando vidas. Por isso, Martin está em Brasília para tentar resolver este problema. Saúde pública não pode esperar. E não venham com este papinho de falta de recursos. Aí tem que botar os sujeitos responsáveis diretamente no xilindró. Nenhum tipo de burocracia pode se sobrepor a casos de saúde que têm urgência. Chega do povo ser tratado como se fosse gado no brete.
SATISFAÇÃO
Uma palavrinha sobre o novo prefeito Martin Kalkmann. Ele está sendo melhor que a encomenda. Esperemos que o sucesso não suba para a cabeça do prefeito. Tenho certeza que não. Ele está preparado para a função, mesmo porque não é nenhum bicho de sete cabeças. O que o prefeito tem que ter em mente? A única coisa é adotar uma política que beneficie o bem-estar da população, ser justo com todos e ter a sua política que prometeu na campanha. Se a política for desenvolver o município, que trabalhe para isto. Sem se esquecer de ajuda da sociedade, principalmente de suas principais lideranças, que podem ajudar muito.