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Coluna Nova Petrópolis

Coluna Nova Petrópolis – 21/07/2025

21/07/2025 - 12h05min

Por Anna Bezerra

Representatividade
Duas sessões. É o tempo em que Noeli Weber Hansen assume uma cadeira na Câmara. Professora, mulher, suplente. Ingressa já com uma Moção de Aplausos à ATURMA – e isso pode parecer pequeno, mas tem peso. O reconhecimento simbólico, muitas vezes, abre portas concretas. Em tempos de ausência de escuta, aplaudir quem atua pelo turismo e meio ambiente é mais do que gesto. É apontamento.
Olhar
Mas entre os atos protocolares e a ocupação real do espaço político, há um hiato. E ele se nota na brevidade da nomeação: duas sessões. A cidade ainda engatinha quando o assunto é presença feminina efetiva e constante nos espaços de decisão. As brechas seguem mínimas e, quase sempre, temporárias. A dúvida que fica não é sobre a competência – essa não se discute. É sobre o espaço que ainda não é ocupado de forma permanente.
Cenário
Em outro ponto da cidade, o gabinete abre espaço para a dança. A visita do grupo de Joinville trouxe presentes, cortesia, sorrisos. O Festival está em curso, e com ele vêm também os gestos diplomáticos, os símbolos que, mais do que beleza, expressam vínculos. Não é só sobre trocar livros e cestas. É sobre reconhecer o papel da cultura como ponte.
Conferência
A 2ª Conferência de Políticas para Mulheres reuniu vozes, temas diversos, eixos que falam de autonomia, de saúde, de poder. O ambiente é de escuta, e isso importa. Mas entre discursos e painéis, é sempre bom lembrar que políticas públicas só ganham força se saem do auditório e entram no orçamento. Representatividade que não vira estrutura, cansa.
Raízes
E então, o palco principal se acende. A chama folclórica anuncia o que se estende até agosto: mais de 200 apresentações, um mergulho na diversidade. O 52º Festival Internacional de Folclore pulsa, com suas cores, seus tamancos e ritmos, suas mãos entrelaçadas.
Identidade
Aos 70 anos de emancipação, Nova Petrópolis celebra não só sua história, mas o que constrói no presente: o acolhimento, o senso de comunidade, a força da cultura que une. O título de cidade mais acolhedora do RS não é acaso — é reflexo de quem cuida, preserva e compartilha. O Festival mostra isso em cada detalhe. E talvez seja essa a maior beleza: ver uma cidade que dança junto com o que acredita.

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