Coluna Dois Irmãos

Exemplo de Curitiba mostra que as rótulas são o caminho

05/05/2018 - 23h35min

Atualizada em 05/05/2018 - 23h50min

Ainda tem alguns que reclamam quando insistimos, nesta coluna, de que os semáforos sejam substituídos por rótulas na nossa cidade. Todas as rotatórias instaladas na cidade foram bem sucedidas, então, não entendo porque Dois Irmãos levará, ainda, tanto tempo para acabar com todas as sinaleiras. Se é que um dia acabará com elas.

Abaixo há um exemplo de Curitiba. Uma esquina era cenário de um acidente por semana. Os moradores e uniram, foram atrás, e, no lugar, foi feita uma rotatória. Acabou o problema; já são sete anos sem acidente algum.

Nem preciso dizer mais nada…

Ah, apenas discordo um pouco das sinaleiras daqui (mesmo modelo desta de Curitiba), acredito que em vez de ser asfalto e tachões, poderia ser com canteiro de flores, para serem mais eficientes e mais belas, assim como Gramado, mas, antes rótulas assim do que semáforos.

 

Quem quiser ler a matéria completa no site da Gazeta do Povo, diretamente lá, basta clicar aqui. Do contrário, a matéria está transcrita abaixo:

VEJA A MATÉRIA NA GAZETA DO POVO, ABAIXO:

Uma rotatória no cruzamento das ruas Jaime Balão e Fernandes de Barros, no Hugo Lange, é motivo de orgulho para os vizinhos. Em abril, o cruzamento completou sete anos sem acidentes de trânsito, algo que só aconteceu graças à mobilização dos próprios moradores, que tomaram a iniciativa e conseguiram convencer a prefeitura a adotar uma melhor sinalização no local.

A gerente administrativa Cleriz Stadler, 56, moradora da Rua Fernandes de Barros há 15 anos, se lembra de como o cruzamento era perigoso e da dificuldade inicial em convencer a prefeitura a colocar uma rotatória para funcionar. “Os motoristas passavam por ali em alta velocidade. Como ninguém se entendia na preferencial, cansamos de ver batidas e capotamentos”, relembra. Segundo ela, os vizinhos fizeram várias reclamações para a prefeitura e chegaram a elaborar um projeto que explicava a eficiência de uma rotatória no cruzamento. “Mas eles insistiam para solicitarmos um semáforo”.

Mesmo assim, os moradores seguiram insistindo e conseguiram fazer com que a administração municipal pelo menos testasse a proposta popular. E deu certo. “O departamento veio fazer um teste, colocando cones onde seria o espaço da rotatória. O teste durou 15 minutos. Além dos carros passarem mais devagar por ali, os motoristas não se confundiam mais com a preferencial”, conta Cleriz. Com isso, a rotatória foi, enfim, instalada.

De acordo com a Setran, rotatória não foi idealizada pelos moradores, mas foi uma solução prevista nos manuais de sinalização do Conselho Nacional de Trânsito, sugerida por eles.

Ainda assim, a luta para resolver o problema no trânsito acabou unindo os vizinhos do Hugo Lange. O segurança Janderson Santana da Silva, 37, que trabalha em uma escola infantil na esquina da rotatória, conta que o Conselho Comunitário de Segurança do Hugo Lange funciona a todo o vapor. “Até eu que só trabalho aqui fico sabendo do que acontece”, revela. Além disso, Santana é testemunha diária de que a rotatória funciona. Uma das funções dele é ficar na frente da escola e auxiliar os pais na hora de buscar as crianças. O segurança faz isso há nove anos e nunca mais teve notícias de acidentes. “Mesmo em horário de maior movimento, o trânsito flui muito bem. Os carros respeitam o fluxo, andam de vagar e eu nunca presenciei uma batida”.

Segundo a vizinhança, pelo menos um acidente por semana era registrado na via antes da rotatória ser instalada, em 2011. Agora, os moradores do Hugo Lange costumam celebrar cada ano sem acidente com uma reunião informal entre os moradores das ruas Jaime Balão e Fernandes de Barros. “Não dá para considerar que seja uma festa de aniversário, mas o motivo para celebrar é grande”, comemora Cleriz Stadler.

A Setran afirmou ainda que não havia nenhuma rotatória igual em Curitiba e que não é em todo lugar que a iniciativa tem sucesso, pois é necessário o respeito dos fluxos e preferenciais, o que deu certo no caso do Hugo Lange. Experiências da Setran em outros locais não tiveram o mesmo resultado e, por isso, há a necessidade do estudo do Departamento de Engenharia para propor as soluções viáveis e legais para cada caso.

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