Coluna Dois Irmãos
Começo de Conversa – 10/01/24
Mauri Marcelo Toni Dandel
ESTRADA
Em dezembro, em uma coluna de Morro Reuter, comentamos sobre a notícia de que a dificuldade era grande para recuperar a estrada que liga o Rio Loch ao Jammerthal: “a estrada que não existia mais”. Então, recebemos um comentário do Querino Klauck sobre o assunto e achei bem interessante o seu ponto de vista. Felizmente, a ‘coisa evoluiu’ de lá para cá e o trecho da estrada que foi penhasco abaixo será reconstruído. Aliás, com tanta devastação nas estradas do Teewald, a Prefeitura ainda vai longe este ano para colocar a casa em ordem! Mas, enfim, vamos ao comentário do seu Querino, atual regente do coral do Santa:
PICARETA
“Bom dia Mauri! Vi na coluna do Morro (em 20/12) que tiveram que voltar na estrada do Rio Loch por causa da barreira que caiu e falam que a estrada não dá para recuperar. Imagina que os colonizadores fizeram aquela estrada cavando com picareta, com arado puxado por junta de bois… Esta estrada servia para todos que chegaram do Vale do Sinos para deslocarem-se a Nova Petrópolis e Caxias! E agora com todas as tecnologias que temos, todas as máquinas disponíveis, dizem que a estrada é irrecuperável”.
HISTÓRIA
Sabe o motivo deste comentário do seu Querino? O primeiro é que sempre gostamos de arejar a coluna com opiniões diferentes. Mas, além disso, temos ali no comentário dele duas outras questões que merecem o nosso apreço. Uma destas questões que merecem um pouco do nosso tempo, é a informação de que, para muitos, aquela estrada ali – senhoras e senhores – ligava a capital a Caxias, antes da construção da BR-02, atual BR-116. Sim, é coisa do passado e da nossa História, que, infelizmente, pouco se vê nos livros sobre isso. Além disso, não sei se você sabia, mas o Jammerthal fazia parte de Dois Irmãos. E este assunto rende, mas, “numa próxima” trago duas outras questões que vai te fazer cair o queixo sobre este assunto.
PICARETA
-A segunda coisa (ou questão) é que o comentário do seu Querino sobre a estrada do Rio Loch cai como uma luva ao que tenho escrito sobre a própria BR-116. Ora, todo mundo sabe que ela foi construída no tempo que só tinha “Fuca” (e olha lá, ainda!) em uma época em que o serviço era quase todo braçal. Então, como é que hoje querem que se rode a 60km/h se os carros têm motores mais potentes que os fusquinhas da época? E, outra, não dá para interditar esta rodovia a cada chuva, como está acontecendo entre Nova e Caxias. Será que nossas autoridades não podem dar um jeito nisso? Olha o atraso que isso traz à toda região e ao Estado?
– Se no tempo de nossos bisavós abriram a rodovia a picareta, porque hoje com tanta tecnologia, o traçado continua o mesmo? E, pior, além de não ter segunda pista ou duplicação, a pista ainda “te joga para fora” nas curvas. Quantas mortes e quantos acidentes ainda teremos? Imagina se as nossas casas ainda fossem feitas como nos anos 60?
– Enfim, mudando de assunto e fechando a Começo de hoje, a mensagem positiva do dia: “As melhores coisas da vida, não são coisas!”. Fiquem bem e ótima “segunda”.