Coluna Dois Irmãos
Começo de Conversa 15/07/2024
Mauri Marcelo Toni Dandel
ESTÃO FORA
– O que Ramon Arnold e Joracir Filipin têm em comum, apesar de estarem em partidos opostos e terem bandeiras e lutas bem distintas?
– Tanto Ramon como Filipin tinham boas chances, dentro de seus partidos, de serem os mais votados em outubro. Mas, cada qual por seus motivos, resolveu não concorrer. Muitos questionam, mas eu concordo com ambos.
– Mas, como escrevi na sexta-feira, eu não tenho uma mente de político, mas, no fundo, faria exatamente o que o Ramon fez, pelos motivos que ele me apresentou.
CRÍTICA AOS POLÍTICOS
-Sei que o brasileiro critica muito os políticos – e tem muitos que merecem ser criticados, principalmente nas altas esferas – mas eu vou sempre elogiar os políticos porque não é fácil ter o celular sempre ligado, abrir mão de momentos em família ou entre amigos para correr atrás de eleitor, frequentar tudo quanto é festa e velório e assim por diante.
-O cara está lá no Beira-Rio ou na Arena olhando jogo do time do coração e tem que atender eleitor pedindo favor, é dose! Aí você vai dizer: mas faz isso porque quer, porque a função do político não é essa! É verdade, cada um dá o limite que quer, mas…
-E sabe o que é pior? É você “largar tudo para ajudar” o dito eleitor sempre, mas se uma vez você disser não, ele vai encontrar outro e você será o demônio. Contem nos dedos quantos políticos deste estilo mais assistencialista tivemos na cidade e veja quantos “sobreviveram” na política?
-Não estou dizendo que se o político faz um favor, que ele merece o voto. Mas, para você ver que tem eleitor que foi mal acostumado… No frigir dos ovos, quem sai perdendo é…
DE PERDER OS BUTIÁS
Vou citar 2 casos que é de perder os butiás. Como o espaço está curto, deixo para contar detalhes outro dia. Em todo município tem eleitor que ajuda na “questão da Saúde”. Um até ia junto – de ônibus – nas consultas em Porto Alegre. Outro doava até cuca para escolas e associações. Nenhum dos dois se reelegeu. E hoje, duvido que este eleitor vai lá e dá só um obrigado!
– Não estou defendendo ou criticando os dois, apenas cito isso para frisar e chancelar o que disse lá em cima: não vale a pena você abrir mão da sua família e amigos para se dedicar a política. E o mesmo vale para político não assistencialista, mas que luta por uma causa em benefício do eleitor, o mesmo que vai te virar as costas depois!
– Da mesma forma, tinha revenda de carro que pagava fardamento para tudo quanto era time festivo. Pergunta se hoje essa revenda ainda existe.
– Então, a máxima é: é muito bom que boas pessoas se dediquem à política, mas abrir mão da família, dos amigos ou da sua empresa “em prol da política” não vale a pena! Nunca valeu e jamais valerá a pena! E, parafraseando, talvez, ‘isso seja uma pena’! Com essa de hoje, nem precisamos de mensagem positiva do dia, não é!