Integração de forças dando resultado para a segurança da cidade

Por Cleiton Zimer

INTEGRAÇÃO DE RESULTADO

Quando questionadas sobre o principal critério que as pessoas levam em conta para morar aqui, é praticamente unânime a resposta: segurança.

Afinal do que adiante emprego, educação, saúde, cultura, se não podemos andar tranquilamente pelas ruas? E, nisso, Dois Irmãos é destaque. Claro que há problemas, mas são pontuais.

A segurança aqui é exemplar. Os indicadores comprovam isso. E ela é mantida através de um trabalho constante, resultado da integração de forças.

Geralmente falamos aqui do trabalho da Brigada Militar e da Polícia Civil – que são de certa a forma o escuto da sociedade.

Mas hoje quero aproveitar o espaço para enfatizar também a atuação do Ministério Público, na pessoa do promotor Wilson Grezzana, e do Poder Judiciário representado pelo juiz Miguel Carpi Nejar.

É inegável o quanto a atuação destes, em suas respectivas frentes, é crucial para a manutenção da ordem local.

Infelizmente, quando olhamos em contextos gerais, vemos o quanto a impunidade por vezes reina. Tivemos o exemplo de um líder de facção de Campo Bom, solto através de prisão domiciliar humanitária, e que fugiu. Lá foi a polícia novamente, conseguindo recapturá-lo – parabéns, aliás.

Pois bem. São essas coisas que causam descrença nas pessoas – e tão forte quanto a descrença, faz crescer a sensação da certeza de impunidade. Um prato cheio para uma sociedade cada vez mais desestruturada. E não adianta me falar que essa é a ordem legal das coisas, por vezes é necessário o bom senso de olhar a fundo uma situação.

E esse bom senso temos aqui em Dois Irmãos. Eu ainda não escrevi nenhuma reportagem relatando este tipo de impunidade nesta comarca, e tenho certeza que assim seguirá.

SOLIDARIEDADE

Por falar em olhar uma situação a fundo, ontem estivemos na casa de uma família no Moinho Velho. No domingo a moradora, dona Cleusa, entrou em contato dizendo que só tinha mais alimentos até essa quarta-feira. Logo uma corrente de solidariedade se formou. Diversas pessoas se dispuseram a ajudar e ontem entreguei alimentos para vários meses a eles – além do que moradores já tinham levado por conta própria.

A questão é que não recebem ajuda da Assistência Social, pois ela trabalha. No entanto, o salário (R$ 1.500) não é o suficiente para pagar aluguel, água, luz, e os medicamentos. O marido dela não pode trabalhar, por problemas físicos, e agora está em depressão avançada e alzheimer – e não recebe benefícios. Eles tem uma filha de 9 anos, que cuida do pai durante a manhã. De tarde ela estuda e ele fica sozinho em casa.

A mãe mantém todos. Ela estava desesperada e sem apoio. Faltou alguém para olhar com mais delicadeza a situação, afinal eles vieram sozinhos para Dois Irmãos, não tem familiares. Agora podem respirar por um tempo e também vão buscar garantir os benefícios, principalmente para os medicamentos do marido.

Aliás, eles ainda possuem alguns boletos de água e luz sem pagar – pois priorizaram alimentos e remédios, até onde deu. Dá em torno de R$ 400. Moram no Moinho Velho, Rua da Figueira, 363. O contato de Cleusa é 051 98028-4756.

Ainda nesta semana traremos a matéria completa.