Coluna Dois Irmãos
O abandono de animais em Dois Irmãos e a história fantástica do gato do Fritz
Começo de conversa
Dois Irmãos
Mauri Marcelo Toni Dandel
ABANDONO DE ANIMAIS
Quem mora nas saídas da cidade continua sofrendo com um problema: o abandono de animais. Estradas como a Sapiranga, Campo Bom, Colônia Japonesa, BR-116, saída para o Morro e Ivoti são verdadeiros campos de abandono de animais. É difícil acreditar, mas as pessoas enjoam dos seus bichos (seus melhores amigos) e aí vão lá e abandonam na saída da cidade! Simples assim!
SAÍDA DA CIDADE
Na semana passada, um gatinho apareceu no Vale Direito. Logo pensamos em abandono, o que é normal naquelas bandas. Mas, era manso e tinha coleira, então, poderia estar perdido. Mas é difícil gato se perder, em todo caso, enviamos as fotos para a Associação dos Animais e, pelo “Face”, foi localizada a dona: uma menina de 10 anos do Navegantes.
Mas o que intriga é como um gato sai lá da beira do Feitoria e vai parar quase na divisa com o Morro? Me caiu os butiá do bolso! Certamente alguém fez isso por maldade, cujo motivo não vem ao caso agora. O mais importante é que no domingo, fizemos a entrega direto à criança e sua mãe. Obrigado à associação pela postagem e parabéns pelo trabalho!
Eu acho que um gatinho não iria tão longe, a não ser que fosse o gato do Fritz.
FRITZ
Bah, esta eu tenho que contar pra vocês. Deve ser piada, mas diz o Bigodon que seu gato era muito folgado, dormia na cama, na cadeira de balanço dele… Aí cansou, o safado resolveu abandonar o bichinho! Na segunda-feira, pegou a bicicletinha, botou o gato num saco e largou-o na beira da estrada, longe uns 2km. Quando o Fritz voltou pra casa, lá estava o gato. Na terça, levou o gato 3km e o gato chegou antes que ele em casa. Na quarta, quinta e sexta a história se repetiu, cada dia mais longe. Mas o gato voltava. No sábado, levou o gato 10km e ao chegar em casa, lá estava o gato, com o chimarrão pronto, esperando por ele.
GATO!
É, meu amigo, e você aí “reclamando por pouca coisa”. Pensa na situação o Fritz: duro não era perder a viagem, era aguentar a gozação do gato depois!
Mas a história não terminou. Diz o Fritz que no domingo acordou de ‘madruga’ botou o gato num saco e rodou uns 50km abandonou o bicho lá onde Satanás perdeu as botas. E se preparou pra voltar pra casa.
Já estava escurecendo toca o telefone na casa no Fritz, quem atende? O gato? Não, a esposa do Fritz. Era o Fritz ‘do outro lado da linha’. Perguntou do gato, ela respondeu: “O gato chegou tava clareando o dia. Agora fez o mate e tá te esperando”. E o Fritz lascou: “então bota este bicho no telefone, pra me indicar o caminho de casa que eu estou perdido”.
RÁPIDAS
– Pois é, me caiu os butiá do bolso se isso for verdade. Mas se o Fritz anda por aí a toa, deve ser porque o gato não contou o caminho de casa. Ou contou e o Fritz não “se achou”. Enfim, é só uma brincadeira. E é uma fábula também, com várias lições, uma delas é a seguinte: você viu nesta estória que um dia as coisas podem se inverter e será você que vai precisar de ajuda de quem você abandonou.
– Enfim, não sei você, mas alguém com capacidade de abandonar um bichinho indefeso sabe-se lá Deus do que mais tem coragem! E vale o mesmo para quem não se compadece ou não ajuda os semelhantes. Transborde e nunca lhe há de faltar nada!
– Eis a mensagem positiva do dia: “Quem não tem confiança nos outros, não lhes pode ganhar a confiança”, de Lao Tsé.