Coluna Estância Velha
Estância Velha: influência
Não é de hoje que o uso da internet e, principalmente, dos sites de redes sociais influenciam no comportamento e relacionamento das pessoas. E com a pandemia é notório que as relações ficaram ainda mais vinculadas ao ambiente digital. Para nós, do jornalismo, é quase impossível trabalhar sem estar conectado e atualizado do que as pessoas comunicam, mas na semana passada me chamou atenção que, por coincidência, ou não, os usuários do Facebook pautaram serviços aqui em Estância Velha. Canteiros e praças receberam atenção especial durante toda a semana, depois de acompanharmos reclamações sobre a mesma demanda nas redes sociais.
Discurso
Enquanto isso, tive a oportunidade de entrevistar alguns dos candidatos ao Executivo Municipal na semana passada. Me chamou atenção que ouvi, por mais de uma vez, que dinheiro e mecanismos para fazer uma boa administração não são problemas aqui na cidade, o que falta é gestão. Lembrei o discurso do nosso governador, quando alfinetava José Ivo Sartori nas eleições de 2018, afirmando que o estado precisava era de uma revisão de fluxo de caixa.
Olho no olho
Apesar das limitações do dia a dia, que, por inúmeros motivos, nos restringem a ligações e mensagens, aprendi que o melhor método para trabalhar numa redação de jornal é o “tête-a-tête”, olho no olho com cada entrevistado. A experiência presencial nos permite ir além das palavras, observar a verdade e até as tentativas de manipulação que, sim, acontecem com frequência. E, é claro, é o momento em que somos analisados também. O ser humano é uma caixinha de surpresas. Torço para que o candidato (a) que assumir a Prefeitura de Estância Velha na próxima gestão esteja consciente de que de pedra, se tornará, por regra, telhado e, além de bem administrar, saiba manter um bom diálogo com a imprensa, instruindo seu secretariado de igual forma.
Mercado
Há quem diga que a política é como a cachaça, depois de viciar, pode-se até sofrer consequências do consumo, mas dificilmente livrar-se dela. Tenho observado que a lógica faz sentido, uma pena que na maioria dos casos o cenário é negativo. Aqui em Estância Velha, por exemplo, alguns candidatos já receberam proposta de troca de voto por materiais de construção e afins, ou de assumir uma ou duas secretarias em troca de não concorrer ao Executivo. Desse jeito, pouco importa quais são as propostas do plano de governo do candidato, tampouco sua qualificação, tanto que a maioria sequer sabe dizê-las sem colar do material de campanha. Eu hein? Um mercado e tanto.
Peixe
E por falar em mercado, em época de campanha dificilmente se sabe, de certeza, quem serão os secretários do próximo governo. Porém, basta observar quão engajados estão os apoiadores para se imaginar como ficará a prefeitura sob o comando de um candidato ou outro. Conheçam e memorizem os rostos e venham conversar comigo em janeiro: um olho no gato, outro no peixe.