Coluna Hortêncio
Hortêncio: torcida, aipim, receita, igual e saúde
Raul Petry – colunistas@odiario.net
TORCIDA
Com o evento do carnaval, havia uma certa expectativa de que a Prefeitura fecharia as portas ao contrário de anos anteriores, quando o carnaval sempre era ignorado em Hortêncio. Pois então, o funcionamento no carnaval foi normal e a Prefeitura funcionou normalmente como nas administrações anteriores. Desta maneira, a torcida para que a nova prefeita não abrisse as portas no carnaval e fosse fazer ponto facultativo não funcionou.
AIPIM
Pois andando por Hortêncio semana passada ficamos sabendo que havia muito furto de aipim nas roças de Hortêncio e que proprietários se armavam para combater o problema com as armas que tem. Pois levou 10 dias e o primeiro furto de aipim aconteceu na plantação de Arno Mohr em Arroio Bonito. Ele teve furtados cerca de 20 caixas de aipim, que deu um prejuízo de cerca de 2 mil reais. Até aipim roubam, o que é um negócio impressionante. Furtar produtos agrícolas nas roças é o cúmulo. Há tempos se matavam animais como gado e porcos nas propriedades. Isso foi resolvido, mas não o furto de aipim.
RECEITA
A Prefeitura de Hortêncio teve uma receita bruta de R$ 27.055.331,68 no ano passado. Descontado o Fundeb, sobraram líquidos para o município um total de R$ 24.167.651,44, o que dá uma média de R$ 2.013.970,95 por mês. Uma bela receita. Dos 24 milhões, 20 foram transferências de dinheiro vindas do governo estadual e federal. É o tal do passeio do dinheiro. Os impostos saem daqui do município, vão para os governos estadual e federal, e depois volta uma pequena parcela para o município, que são estes 20 milhões. Os restantes 4 milhões foram arrecadados em Hortêncio mesmo, como IPTU, taxas e outras contribuições. Por exemplo, o IPVA dos veículos é pago em Hortêncio, o dinheiro vai para o Estado, que devolve a metade para o município.
IGUAL
No ano de 2019 a arrecadação foi um pouco menor, cerca de 1%. Foram arrecadados R$ 26.049.567,46, o que gerou uma receita líquida de R$ 24.248.236,46. Praticamente a mesma coisa do ano de 2020. Quer dizer com Covid e tudo a receita de Hortêncio se manteve igual. O dinheiro repassado pelo governo federal por conta da pandemia ajudou a manter a receita igual, que não caiu. Para o ano que vem se imagina uma receita menor por conta da redução da atividade econômica em 2020, que repercute nos cofres públicos apenas 2 anos depois.
SAÚDE
Com relação aos gastos, a Saúde foi a pasta que ficou em segundo lugar. Ela custou para o município 24% da receita. O mínimo que os municípios têm que investir em Saúde é 15%. Portanto, passou longe. E a Educação ficou com o maior bolo, 26,65% da receita. As duas pastas ficaram parecidas. O mínimo que o município tem que gastar com Educação é 25% e Hortêncio passou um pouco. O que chamou a atenção foi o gasto com Saúde, de 24%. Outros municípios não chegam a 20%. Enquanto isto nos outros a Educação geralmente leva mais de 30%.