Coluna Lindolfo Collor
Lindolfo Collor: dinheiro em caixa, cobras e diálogo
Raul Petry – [email protected]
PONTO 1
O prefeito Gaspar Behne disse que o dinheiro líquido mesmo que sobrou em caixa não é o que foi divulgado, e sim, aproximadamente R$ 500.000,00. O que já é uma grande coisa num município que estava devendo na praça e não tinha um tostão furado no caixa que Gordinho herdou quando assumiu no lugar de William. A propósito o ex-prefeito saiu da cena política porque ele próprio não ficaria mesmo na administração de Gaspar Behne e tampouco a sua assessora direta. Talita foi trabalhar na Prefeitura de São José do Hortêncio. Desta forma a gestão de Gaspar é de Gaspar mesmo, não tendo nenhuma influência de qualquer das duas gestões anteriores, a do ex-prefeito e a do ex-vice-prefeito no exercício do cargo por um ano e pouco. Ele limpou a área politicamente e pode dizer agora que a gestão é sua, porque eleito prefeito ele foi e assim será.
COBRAS
Em Estância Velha em apenas duas horas duas cobras foram capturadas dentro de casas. Olha tanto lá quanto aqui em Lindolfo Collor, o que não falta são cobras dentro das casas. Algumas mais mansas e outras que mordem mesmo. Cada um sabe o chão que pisa.
VOLTANDO
Voltando a questões políticos porque é aí que a vaca torce o rabo. A Câmara Municipal está de recesso até o final do mês. Mas eles tiveram tempo de reclamar de um comentário feito pelo prefeito de que acha errado transferir todos os meses o duodécimo para a Câmara Municipal, que não vai utilizar todo o dinheiro. Por exemplo, por lei a Câmara tem direito a 7% do orçamento anual repassado todos os meses. Isso dá, por exemplo, 140 mil por mês, mas a Câmara não gasta mais de 50 mil por mês. Os vereadores não querem só os 50 que eles precisam, mas os 140 mil. Com esta diferença podem ser comprados remédios, melhorar as escolas, etc. Com o dinheiro parado na conta do banco da Câmara não se faz nada e faz falta na administração municipal. No entanto, a Câmara tem direito ao valor total, que é 7% do orçamento mensal do município.
DIÁLOGO
A visão do prefeito sobre o assunto é entrar em acordo se for possível. Em vez de repassar tudo, chegar pelo menos num meio termo. Mas Gaspar deixou bem claro que não vai fazer nada sem o consentimento dos vereadores. Ele falou mesmo antes de assumir que vai dialogar com todo mundo, principalmente com os vereadores. O que acontece na prática dá pra exemplificar desta forma. Uma família tem renda familiar de R$ 3.000,00 por mês. Passa o mês com R$ 1.500,00. O que ela faz com os R$ 1.500,00 que sobram. Bota no banco ou compra as coisas necessárias que faltam em casa como geladeira, fogão a gás, etc. A Câmara quer botar o dinheiro na poupança e deixar o ano todo lá. E Gaspar pensa em usar o dinheiro para usá-lo nas necessidades da população.
INJUSTO
William foi cassado neste aspecto injustamente só porque não repassou todo o dinheiro, mesmo os vereadores não precisando dele. É claro que entraram outros ingredientes mas um dos motivos alegados foi esse. Ele sofreu uma das cassações mais injustas que se viu.
PRECEDENTE
Como é um fato que aconteceu por incrível que pareça, com um prefeito sério e honesto que é praticamente impossível ter outro mais honesto que é Gaspar Behne, mesmo assim, já se fala lá na frente em cassar Gaspar. Parece que a moda pegou. Sinceramente, brincadeira tem hora!