Coluna Lindolfo Collor
Lindolfo Collor: vacinação, cortes de despesas e folha de pagamento da Prefeitura
Raul Petry – colunistas@odiario.net
VACINAÇÃO
Assim como todos os outros municípios, em Lindolfo Collor a vacinação está acontecendo. Não na velocidade que deveria ser, mas vai andando de acordo com o número de vacinas que são disponibilizadas. Melhor seria vacinar mais rápido. Mas como há a limitação do número de vacinas, paciência. Maiores de 80 anos podem se habilitar para serem vacinados. O horário das vacinas é das 15 às 17 horas.
CORTES
O prefeito Gaspar Behne está às voltas com cortes de despesas no orçamento. Ele disse que a despesa está muito alta. Talvez por não conhecer muito bem a máquina pública e não ter muita familiaridade com cálculo atuarial, Gaspar não vê problema nas aposentadorias. Mas é aí que mora o perigo. O Fundo de Aposentadoria tem milhões em caixa. No entanto, quando o número de aposentados chegar perto ao número de funcionários na ativa, a cobra vai torcer o rabo. Aí vai ter menos gente contribuindo e com 14% do salário mais a contribuição da Prefeitura, do que os que recebem salário integral que ganhavam quando se aposentaram. Os milhões que tem hoje no Fundo vão evaporar rapidamente como uma panela cozinhando no fogo. E em poucos anos vai ter um número igual de aposentados do que tem na ativa. Sai 100% do valor que o funcionário ganhava quando se aposentou e entra 30% das contribuições dos funcionários trabalhando e a contribuição patronal. A conta não vai fechar.
VEGETATIVO
No entanto, tem outro problema igual ou maior ainda do que o dos aposentados. É o aumento vegetativo da folha de pagamento todos os anos por conta dos avanços que no passado foram de certa forma irresponsavelmente aprovados por prefeitos e os próprios vereadores. Em Lindolfo Collor existem os triênios e quinquênios. Ou seja, a cada 3 anos o funcionário recebe um percentual sobre o salário a mais. Digamos 5%. Quando completa 6 anos recebe mais 5%. Depois tem, ainda, o quinquênio. Quando completa 5 anos o funcionário ganha outro percentual a mais, digamos 5%. Quando completa 10 anos, recebe outros 5%. Na média o funcionário ganha aumento de 2 em 2 anos. Isso se chama aumento vegetativo da folha de pagamento. Em Lindolfo Collor este aumento é de 8% ao ano. A folha cresce 8% todos os anos, sem os aumentos que são dados todos os anos, como reposição da inflação e aumento real da folha.
AGUENTAR
Não tem quem aguenta isso. Não existe Prefeitura alguma que resiste a um aumento da folha deste tamanho todos os anos. Daí a cassação de William, cujo um dos pretextos foi justamente o valor da folha acima dos 54% permitidos da receita. O resultado vai ser a inviabilização do município em poucos anos, principalmente quando o pessoal começar a se aposentar e levarem todos estes aumentos junto para a aposentadoria.