Coluna Nova Petrópolis
A ciclovia que será construída no interior e não na ERS-235
Está sendo confirmada uma emenda parlamentar de R$ 250 mil para a construção de um trecho de ciclovia. Segundo o vereador Daniel Michaelsen (MDB), que intermediou a emenda, o convênio com a Caixa acaba de ser assinado e assim que o banco autorizar, poderá ser feita a licitação. A ciclovia ficará em Linha Olinda e Daniel está tendo que defender essa destinação, pois muitos consideram que os bairros Vale Verde, Pousada da Neve e Piá precisam mais de uma ciclovia do que o interior. A discussão obviamente é sadia, bem como a cobrança. A propósito, se não for por meio de muita cobrança, dificilmente os três bairros terão a sua tão sonhada ligação ciclística com o centro. Daniel argumenta que a verba federal não poderia ser aplicada na estrada estadual. É um empecilho que talvez pudesse ser contornado. Talvez. Recentemente uma área da própria Linha Olinda voltou a ser zona rural só para receber asfalto do Ministério da Agricultura. É um exemplo.
INDEFINIÇÃO TOTAL
Mas me parece que o grande motivo da ERS-235 ainda estar longe de ter uma ciclovia é a indefinição legal que ali existe. Ninguém sabe ao certo se a via será duplicada ou se será mantida como está, onde haverá calçadas ou um calçadão, ou ainda onde passará uma futura ciclovia. Isso sem falar do acostamento, que não existe e talvez não devesse existir mesmo. Quem sabe dizer se aquilo é uma avenida ou uma rodovia? Se tivesse dinheiro disponível, provavelmente o trecho urbano da ERS-235 não estaria pronto para receber uma ciclovia. Ao passo que em Linha Olinda é só licitar e começar a construir. E mais: a localidade tem um projeto turístico em andamento e a ciclovia faz parte dele.
MÁSCARA E MULTA
Embora esteja sendo reforçada a obrigatoriedade do uso de máscara, Nova Petrópolis segue sem previsão legal de multa para quem desobedece a norma. De acordo com o vereador Jerônimo Stahl Pinto (PDT), que representa o Legislativo no comitê de crise, a possibilidade da criação de uma multa até já foi discutida, mas segue fora dos planos. Ela implicaria na necessidade de alterar a legislação municipal. Realmente seria muito melhor se pudéssemos resolver este assunto sem a necessidade da multa. Para mim a população local vem fazendo o seu papel quanto ao uso da máscara. O problema então estaria nos turistas, que queremos sim continuar recebendo e que, para tanto, precisamos tratar bem. Ainda segundo Jerônimo, os profissionais que atuam na fiscalização ao público relatam dificuldades. Como obrigar alguém a usar máscara, se não há amparo legal?
HUMOR COMO SOLUÇÃO
Já faz uns dois meses que uma cidade do interior de São Paulo passou a resolver este problema através do humor. Agentes públicos fantasiados percorrem as calçadas e praças fazendo um verdadeiro escândalo quando encontram alguma aglomeração ou alguém sem máscara. Fazem tumulto e gritaria e não param de incomodar quando o problema está resolvido. Tudo numa boa e geralmente com muitas risadas. É algo que talvez funcione bem em Nova Petrópolis. A fiscalização normal também é importante, mas não da forma que vem acontecendo. Há uma certa espetacularização, em que se fica anunciando a semana inteira que no sábado e domingo haverá fiscalização na praça. O melhor seria se ela acontecesse todos os dias, sem aviso.
Por Francis Jonas Limberger
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