Coluna Nova Petrópolis

É bom lembrar: Nova Petrópolis não faz parte da Região Metropolitana de Caxias do Sul!

16/04/2020 - 22h12min

Foi grande a polêmica há alguns anos quando Nova Petrópolis tentou integrar a Região Metropolitana de Caxias do Sul e o projeto de lei acabou sendo rejeitado pela Assembleia. Muitos devem ter lembrado dessa história na tarde da quarta-feira, 15, quando o governador Eduardo Leite publicou o seu mais novo decreto. Nele, os prefeitos do Rio Grande do Sul estão autorizados a flexibilizar as restrições ao funcionamento do comércio, menos nos municípios das regiões metropolitanas de Porto Alegre e Caxias do Sul. São as duas cidades gaúchas com os maiores números do coronavírus e com mais casos confirmados de covid-19. Por isso, nestes lugares o comércio seguirá fechado até 30 de abril, incluindo os municípios que integram as duas regiões metropolitas. Para se ter uma ideia, Riozinho e Rolante integram a Região Metropolitana de Porto Alegre. E Pinto Bandeira e Nova Roma do Sul estão na Região Metropolitana de Caxias do Sul. Não faz o menor sentido, mas as leis que determinaram isso estão lá, aprovadas…

FICAMOS DE FORA
Nova Petrópolis tem um longo trecho de divisa com Caxias do Sul e as duas áreas urbanas ficam a apenas 30 quilômetros de distância. Mesmo assim, acabamos nos livrando das restrições ao comércio. Oficialmente, a razão é que Nova Petrópolis não faz parte daquela região metropolitana. E o coronavírus de fato nos ajuda a entender isso. Até a quarta-feira, Caxias do Sul tinha 37 casos positivos e outros 26 aguardando resultado, além de 216 negativos. Tudo bem que a população de lá é imensamente maior. No entanto, se Nova Petrópolis realmente tivesse uma relação de dependência com Caxias, hoje já teríamos números bem mais graves por aqui.

NÃO DEU OUTRA
Publicado este novo decreto do governador e tendo Nova Petrópolis se livrado das restrições das metropolitanas, não deu outra: nosso comércio já está de volta. Com restrições, sim, mas mesmo assim é um momento muito aguardado pelos comerciantes. O estacionamento rotativo também volta a ter cobrança hoje, o que parece ser uma medida acertada. Outra novidade importante é que vem aí um estudo científico que deve embasar o próximo decreto municipal. É a melhor forma de tomar esse tipo de decisão, com base em números e dados científicos.

DOIS EXEMPLOS
Nos últimos dias me chamaram bastante atenção dois exemplos das dificuldades enfrentadas pelos comerciantes. O primeiro exemplo vem do dono de uma loja, que, passada a Páscoa, não sabe se deve providenciar a decoração para o Dia das Mães. A decoração é um investimento considerável e não vale a pena colocá-la só nas vésperas do feriado. O segundo exemplo vem de uma das floriculturas da cidade. Com as portas fechadas, o estabelecimento já teve que jogar fora várias cargas de flores. Elas floresceram durante a quarentena e, depois disso, não puderam mais ser vendidas. Agora os donos vivem o dilema de não saber para quando deve providenciar novas flores. Quando finalmente puder reabrir, a floricultura não terá flores para vender. São dois exemplos que demonstram a necessidade de se ter planejamento as ações que serão tomadas nos próximos meses.

Por Francis Jonas Limberger
limberger@hotmail.com
WhatsApp: (51) 99888-1830.

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