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Coluna Nova Petrópolis

Gastar com um ambulatório de campanha ou não gastar, eis a questão

30/04/2020 - 10h33min

Atualizada em 30/04/2020 - 10h35min

Ontem a Prefeitura publicou texto e fotos em que é apresentado e detalhado o ambulatório de campanha, instalado no Centro de Eventos para fazer frente a eventuais demandas da Covid-19. A estrutura possui 39 leitos separados por divisórias. O material divulgado traz o detalhamento das despesas, o que é muito importante. Até o momento, a estrutura consumiu R$ 68 mil, sendo R$ 64.221.60 do Ministério da Saúde e R$ 3.778,80 da Prefeitura. O espaço está equipado com 15 cilindros de oxigênio, alugados por três meses ao custo de R$ 1.305,10.

NECESSIDADE
Nas entrelinhas percebe-se que a administração está preocupada em justificar o investimento feito para viabilizar o ambulatório de campanha. No dia 5 de maio ele completará um mês e, até agora, ainda não foi colocado em uso. E isso, obviamente, é muito bom. Mas não será surpreendente se logo surgirem questionamentos, sobre a real necessidade de se ter toda aquela estrutura. Poderá acontecer, mas a coerência e a precaução recomendam o pecado pelo excesso, e não pela omissão. É claro que números e outros dados científicos teríamos sido muito úteis para o planejamento das medidas. Mas como eles não existem – e aí sim há falha –, e como ninguém sabe ao certo como o vírus e a doença se comportarão nos próximos meses, o melhor é garantir.

NOVO DECRETO
Hoje a tarde deverá ser publicado o novo decreto municipal com medidas para controle e enfrentamento do novo coronavírus. Uma das tendências é a reabertura da rede hoteleria a partir de 1o de maio.

ESTIAGEM
O jornal de hoje traz uma reportagem especial sobre a estiagem no interior de Nova Petrópolis. A situação apresentada é muito grave, como se as preocupações e prejuízos com o coronavírus já não fossem suficientes. E uma chuva apenas não resolverá muito. É necessário um período de chuva regular. Aliás, eu escrevo essas palavras olhando pela janela para um céu bem escuro. Pode ser que tenha chovido durante o percurso que a coluna faz, da minha casa até a sua. Tomara. A previsão do tempo só fala mais em “chuvas irregulares e esparsas no interior do Estado”. Precisamos de “chuva geral”. No domingo o céu também estava escuro, mas não choveu. Na segunda-feira, choveu 2,2 milímetros no centro; 1,5 milímetro em Linha Araripe; e 4 milímetros no Pinhal Alto. Na terça-feira de manhã fomos castigados por aquele vento seco. Seguimos esperando a chuva.

O EXEMPLO DO INTERIOR
Tenho repetido que as associações comunitárias do nosso interior representam o melhor modelo de abastecimento de água. Ali são feitos investimentos constantes porque o dinheiro arrecadado sempre fica dentro do próprio sistema. É verdade que ainda existe um número importante de lugares sem rede de água. Mas também existem diversas frentes de ação para mudar essa realidade. A Associação de Moradores do Pinhal Alto está muito próxima de abranger 100% da população com sua rede de água. E também está investindo na eficiência do sistema. Uma máquina capaz de detectar vazamentos nos canos acaba de ser adquirida pela associação. Além disso, foram instalados novos hidrômetros na rede. Com eles é possível perceber quando há diferenças entre o volume de água que saí dos poços e o que chega nas casas.

Por Francis Jonas Limberger
[email protected]
WhatsApp: (51) 99888-1830

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