Incêndio na Pedra do Silêncio: eu sinto culpa

No último sábado eu fui até o local do incêndio florestal na Pedra do Silêncio, em Linha Brasil Fundos. Fui na expectativa de ser voluntário, sabedor de que, até então, toda a água usada para apagar o fogo estava sendo transportada manualmente até a parte de cima. Quando cheguei a ajuda já não era necessária, pois havia sido providenciado o bombeamento da água. Para se ter uma ideia, no feriado de sexta-feira, dia 1º, cerca de 30 voluntários encararam essa missão. Uma forma inesquecível de passar o Dia do Trabalho: carregando água em uma trilha morro acima… Que tal?

SINTO CULPA
Eu fui me oferecer como voluntário porque, de certa forma, me sinto culpado pelos problemas que lá ocorreram. Não só o fogo, mas a superlotação. Eu já levei amigos de outras cidades para subir a Pedra do Silêncio e me senti orgulhoso de poder lhes proporcionar essa visita. Já fiz uma foto de lá de cima e ela foi parar na capa do jornal. Coisas assim. E qual é o resultado disso tudo? O lugar foi se tornando cada vez mais conhecido e sendo visitado por mais e mais pessoas, mesmo sendo aquela uma área particular, em que não há autorização para as visitas. E, quanto mais gente, maior chande de alguém querer fazer um churrasco lá em cima. Ou de deixar cair uma ponta de cigarro acesa na vegetação.

SEM NOÇÃO
Para se ter ideia do grau de descontrole, num dos últimos dias do combate ao incêndio, logo pela manhã os bombeiros e demais voluntários foram surpreendidos por um grupo de 12 visitantes. Mesmo com a fumaça, eles entraram por uma das trilhas e subiram a Pedra do Silêncio. A polícia teve que ser chamada e eles acabaram indo embora. Além disso, ao longo do sábado, o quartel dos bombeiros voluntários recebeu diversos contatos de pessoas perguntando se a área já estava liberada novamente.

DINHEIRO PARA A SAÚDE
– O deputado federal Pompeo de Mattos (PDT) está destinando mais uma emenda parlamentar para a saúde de Nova Petrópolis. De acordo com o vereador Claudio Gottschalk (PDT), que anunciou a emenda, o valor é de R$ 100 mil.
– O vereador Rodrigo Santos (PSB) e o suplente Alexandre da Silva (PSB) apresentaram uma indicação ao prefeito Regis Hahn sugerindo que os recursos previstos para os eventos municipais cancelados sejam aplicados na saúde.

BURACOS NO TIROL
O vereador Nei Schneider me enviou fotos de buracos que estavam abertos na estrada Silvestre Zimmermann, no Tirol. Um deles foi fechado com concreto pelos próprios moradores. A Prefeitura fechou o outro buraco com saibro. Nei lembra que o asfaltamento está com apenas quatro anos e que antes do improviso dos moradores, ele havia apresentado pedidos de providências.

PARA QUANDO?
Terça-feira, 5, a instalação do ambulatório de campanha no Centro de Eventos completou um mês. E até agora a estrutura não recebeu nenhum paciente. Longe de mim querer questionar a sua necessidade. Já escrevi sobre isso. Mas me preocupa bastante imaginar que os casos de Covid-19 agora evitados poderão se acumular no inverno.

Por Francis Jonas Limberger
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